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Política/Líbano

Líbano: Eleições legislativas nove anos depois

Nove anos depois, os libaneses voltam às urnas para eleger um novo parlamento,num país em que o mandato dos deputados foi prolongado por três vezes , por motivos de segurança nacional e do impacto da guerra na vizinha Síria. Os principais partidos vão tentar manter a sua preeminência no parlamento, enquanto o Hezbollah poderia aumentar o seu número de acentos. Segundo observadores,o escrutínio decorreu com pequenos incidentes e irregularidades , assim como uma fraca participação inicialmente. No início da tarde a taxa de participação não ultrapassava os 24%.

Saad Hariri quando votava este domingo  em Beirute.06 de Maio de 2018
Saad Hariri quando votava este domingo em Beirute.06 de Maio de 2018 REUTERS
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Pela primeira vez uma coligação, Kollouna Watan, representando a sociedade civil, candidata-se à uma representação na Assembleia do Líbano. De acordo com os analistas para que a sociedade civil possa ter representantes no Parlamento libanês, é fundamental que o escrutínio legislativo atraia uma grande afluência às urnas .

A grande novidade destas legislativas libanesas, organizadas nove anos depois, é que pela primeira vez foi introduzido no sistema eleitoral do país do Médio-Oriente, um nível de proporcionalidade que poderá facilitar o ingresso dos pequenos partidos na vida parlamentar do Líbano.

A Corrente do Futuro,movimento de maioria sunita, do Primeiro-ministro Saad Hariri, poderia recuar em termos de assentos, mas não obstante manter o seu estatuto de uma das primeiras forças parlamentares.

Embora o mandato do Presidente Michel Aoun não esteja em causa no escrutínio deste domingo, o seu Partido Cristão será também uma das forças políticas influentes na Assembleia libanesa de 128 deputados.

Cerca de 597 candidatos repartidos em 77 listas participaram nestas legislativas, que não deveriam mudar o status quo político do Líbano. Os resultados começarão a ser divulgados este  domingo e ou então a partir de segunda-feira.

Apesar das suas divergências, os sunitas liderados por Hariri, os cristãos de Aoun e os xiitas do Hezbollah, são as forças políticas que controlam as decisões ao nível parlamentar libanês.

O Líbano tem uma dívida pública que atinge 150% do PIB, a  terceira maior   à nível mundial, assim como sofre o impacto da guerra na Síria,que levou o país a acolher 1,5 milhões de refugiados sírios.

 

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