Israel:fim de mini périplo europeu de Benyamin Netanyahu
Depois de Berlim e Paris, o Primeiro-ministro de Israel, Benyamin Netanyahu encerra em Londres o seu curto périplo pelas capitais europeias, onde veio tentar convencer os dirigentes locais a optar por uma retirada do acordo nuclear assinado com o Irão em Julho de 2015, à semelhança do seu parceiro Estados Unidos. Em Londres, Netanyahu reiterou o discurso, segundo o qual ,existe a probilidade do Irão fabricar uma bomba atómica.
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Convencer os britânicos a retirarem-se do Joint Comprehensive Plan of Action, acordo nuclear assinado com o Irão em 14 de Julho de 2015 e do qual o Reino Unido é um dos signatários, eis o objectivo do israelita Benyamin Netanyahu.
Netanyahu apoiado por Donald Trump, que decidiu não manter os Estados Unidos vinculado ao documento assinado em Viena sob a égide da Agência Internacional de Energia Atómica, reiterou diante da sua homóloga britânica Theresa May a necessidade de anular o acordo com Teerão.
O Primeiro-ministro de Israel deseja que Londres opte por uma posição idêntica à de Washington na matéria, isto é, retire-se do Joint Comprehensive Plan of Action. Benyamin Netanyahu considera que o acordo abre ao Irão, o caminho para o fabrico de uma bomba atómica.
Em contrapartida, Theresa May exprimiu ao seu homólogo a sua inquietação perante a morte de dezenas de palestinianos em confrontos com os militares israelitas, desde o passado dia 30 de Março, data em que começaram em Gaza os protestos contra a decisão tomada por Donald Trump de oficializar a transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém.
A Primeira-ministra britânica reconhece a Israel o direito de se defender contra actos extremistas e terroristas, mas exortou Benyamin Netanyahu a envidar esforços para desanuviar entre israelitas e palestinianos.
Netanyahu termina o seu mini périplo numa altura em que a França,a Alemanha e o Reino Unido, não favoráveis à anulação do acordo nuclear com o Teerão, pedem aos Estados Unidos uma derrogação ,para as suas empresas que operam no Irão,ameaçadas por Washington de sanções
A supra-nacionalidade da jurisdição americana que põe em causa os interesses económicos europeus, é cada vez mais objecto de críticas por parte de dirigentes da União Europeia, que receiam na matéria um confronto com Washington.
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