Moçambique: Norte continua a atrair apesar da instabilidade
Em Moçambique as autoridades garantem que os ataques de homens armados na província de Cabo Delgado não estão afectar os investimentos das multinacionais na bacia do Rovuma.
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Em Moçambique, as autoridades garantem que os ataques de homens armados na província de Cabo Delgado, norte do país, não estão afectar os investimentos das multinacionais do petróleo e gás que operam na bacia do Rovuma.
Garantias dadas pelo vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, numa altura em que se anuncia a intenção do Brasil de investir na exploração do petróleo e do gás moçambicano.
Apesar das notícias que dão conta que os ataques de grupos de insurgentes com conotação islâmica, na província de Cabo Delgado, extremo norte de Moçambique, estão a provocar pânico entre os funcionários das multinacionais, que exploram gás e petróleo naquela região do país, as autoridades moçambicanas garantem que esses investimentos não estão em risco.
Augusto Fernando, vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, sublinha que neste momento há um trabalho na área de segurança a ser feito e acrescenta que as autoridades não têm nenhuma indicação de que os ataques estejam a afectar os investimentos internacionais.
Ari Aisen, representante em Moçambique do Fundo Monetário Internacional, ressalva que “a economia pode crescer em dois dígitos a partir de 2022”, mas para isso é necessário que a situação no norte seja “normalizada”.
Apesar da instabilidade na região, o Brasil anunciou a intenção de se juntar a seis multinacionais na corrida à exploração dos cerca 200 triliões de pés cúbicos de gás natural existentes na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, norte do país.
O anúncio de Brasília foi feito pelo embaixador Rodrigo Baena Soares, esta quarta-feira, em Maputo, durante a primeira cimeira Brasil-Moçambique.
Orféu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo
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