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Relações internacionais/Iémen

Iémen: fracasso de negociações

Há muito aguardadas,as negociações entre os protagonistas da guerra no Iémen, fracassaram mesmo antes de começar,neste sábado em Genebra. Os rebeldes da etnia Huthi, em luta contra o governo, recusaram deslocar-se a Genebra e as hostilidades recomeçaram entre as duas partes em conflito. As Nações Unidas receberam a delegação governamental iémenita.

O emissário especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, reconheceu o seu fracasso por não ter conseguido que a delegação dos rebeldes Huthis se deslocasse  a Genebra. 08 de Stembro de 2018
O emissário especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, reconheceu o seu fracasso por não ter conseguido que a delegação dos rebeldes Huthis se deslocasse a Genebra. 08 de Stembro de 2018 REUTERS/Denis Balibouse
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Com em pano de fundo a ausência dos rebeldes e o recomeço das hostilidades entre os protagonistas do conflito, o emissário especial das Nações Unidas para o Iémen,Martin Griffiths, declarou que o seu encontro com a delegação governamental iémenita foi bastante positivo,mas reconheceu que ele não foi capaz de convencer os Huthis a deslocarem-se a Genebra para as negociações.

As negociações seriam as primeiras entre as duas partes no conflito, em dois anos e deviam ter início na quinta-feira.A ausência dos representantes dos Huthis, fez com que Griffiths procurasse uma alternativa para salvar as mesmas.

Apoiados pelo Irão na sua luta contra o governo do Presidente Abedrabbo Mansour Hadi,que por seu lado beneficia do apoio da Arábia Saudita,os Huthis recusaram sair de Sanaa, a menos que a ONU satisfazesse determinadas condições,nomeadamente o regresso em segurança da sua delegação de Genebra.

Os Huthis acusaram a coligação liderada pela Arábia Saudita de planear o abandono da sua delegação em Djibuti, na escala para Genebra. Em 2016, após a ruptura de negociações,os Huthis ficaram retidos durante três meses em Oman devido à um bloqueio aéreo.

O chefe da delegação governamental,o ministro dos negócios estrangeiros do Iémen,Khaled Yamani, acusou os rebeldes de sabotar as negociações, qualificando-os de irresponsáveis.

Martin Griffiths,que segundo Yamani, exprimiu em privado o seu descontentamento perante a ausência da delegação Huthi, reiterou não obstante a sua esperança em negociações que possam resultar num acordo, entre as partes implicadas na guerra do Iémen.

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