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Iémen

Trégua precária em Hudheida

Trégua precária em Hudheida. Depois da escalada de violência, as armas silenciaram-se hoje na cidade portuária iemenita, após a entrada em vigor de uma trégua negociada sob a égide da ONU.

Milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome no Iémen
Milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome no Iémen Ahmad AL-BASHA / AFP
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Calaram-se as armas na cidade de Hudheida, esta terça-feira, numa trégua frágil sob a égide das Nações Unidas. O cessar-fogo “imediato” firmado a 13 de Dezembro na Suécia, entre o poder, apoiado militarmente pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, apoiados politicamente pelo Irão, apenas entrou em vigor esta madrugada, pelas 3h locais.

Hudheida é uma cidade portuária estratégica no Mar Vermelho, por onde circula a maior parte da ajuda humanitária que entra no Iémen, país pobre a península arábica ameaçado pela fome devido ao conflito que dura há quatro anos.

Em Junho passado a forças pró-governamentais iemenitas, apoiadas pelos raides aéreos sauditas, deram início a uma ofensiva para a retoma da cidade de Hudheida das mãos dos rebeldes huthis desde 2014.

Depois de vários meses de combates, que tiraram a vida a centenas de pessoas e agravaram a crise humanitária, o emissário da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, tem vindo a multiplicar esforços para uma interrupção das violência e assim abrir uma via para as negociações de paz na Suécia.

Todavia, desde o início da guerra, sete tréguas foram negociadas pela ONU. Todas foram desrespeitadas.

Segundo o acordo, os huthis devem deixar os portos de Hudheida, Al-Salif e Ras Isa a 31 de Dezembro, enquanto as forças pró-governo têm de abandonar a cidade de Hudheida a 7 de Janeiro.

Mais de 10 000 pessoas já morreram na guerra do Iêmen e milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome, segundo a ONU. Mas as ONG’s acreditam que o número real de vítimas é muito maior.

 

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