Manifestação contra o anti-semitismo
Paris acolhe este fim de tarde uma marcha contra o anti-semitismo. Uma manifestação que conta com a presença do primeiro-ministro francês e de vários membros do seu executivo. Emmanuel Macron é o grande ausente.
Publicado a:
A marcha foi convocada, na semana passada, depois de ter sido anunciado pelo Governo francês que os crimes anti-semitas aumentaram 74% em todo o país em 2018.
A iniciativa é liderada por Olivier Faure, secretário-geral do Partido Socialista, ao qual se juntaram 14 outros partidos, à excepção do partido de extrema-direita de Marine Le Pen, Rassemblement National, que não foi convidado.
Aos socialistas juntam-se também rostos conhecidos das artes e cultura francesa, além de nomes sonantes da política nacional, como o ex-presidente François Hollande, o actual primeiro-ministro Edouard Philippe e outros membros do elenco governamental, 14 ministros confirmaram a presença.
Emmanuel Macron, presidente de França, será a grande ausência da marcha anti-semitismo. O chefe de Estado irá transmitir a sua mensagem, amanhã à noite no tradicional jantar do Conselho Representativo das Instituições Judaicas em França.
A marcha contra o anti-semitismo ganhou novo fôlego este fim-de-semana, depois do filósofo Alain Finkielkraut ter sido tratado de “porco sionista” numa agressão registada em vídeo que está a chocar a opinião pública francesa. Imediatamente após ao sucedido, Emmanuel Macron, manifestou telefonicamente o seu apoio a Alain Finkielkraut.
Já ao fim da manhã, desta terça-feira, Macron saudou a realização da marcha, sublinhando que “não cabe aos judeus da República se defenderem, mas à República defendê-los”. O Presidente francês acrescentou, ainda, ser contra a ideia, avançada pelos deputados da maioria, de penalizar o anti-semitismo e o anti-sionismo.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro