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Política/Hong Kong

Administração de Hong-Kong suspende projecto de lei

Na sequência de violentas manifestações que decorreram em Hong-Kong,a administradora-geral da cidade chinesa, Carrie Lam, decidiu suspender a aplicação da lei, que tinha como objectivo transferir para a China continental alguns processos judiciais. Não obstante o recuo de Lam, os líderes dos contestários decidiram marcar uma nova manifestação para este domingo.As autoridades de Pequim aprovaram a decisão tomada por Carrie Lam, mas sublinharam que novos mecanismos são necessários para lutar contra o elevado índice de criminalidade em Hong-Kong.

Carrie Lam, administradora de Hong Kong durante uma conferência de imprensa no dia 10 de Junho  de 2019
Carrie Lam, administradora de Hong Kong durante uma conferência de imprensa no dia 10 de Junho de 2019 REUTERS/Tyrone Siu
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A suspensão do projecto de lei que levaria a administração de Hong-Kong a extraditar para a China continental, pessoas envolvidas em actividades criminosas, não apaziguou os contestários.Estes últmos convocaram uma nova manifestação para domingo, depois dos violentos recontros ocorridos com as forças da ordem, que resultaram na decisão tomada por Carrie Lam, administradora do território chinês.

Antes dos distúrbios, Carrie Lam anunciou que não se vergaria perante os contestários e que aplicaria o projecto de lei, apoiado pelo governo central de Pequim.

Os detractores de Lam receiam que,a lei proposta pela administradora-geral de Hong-Kong leve os hong-kongueses, transferidos para a justiça central,a enfrentar os tribunais chineses alegadamente politizados.

Carrie Lam anunciou, no sábado, que os trabalhos visando aplicar a medida judicial foram suspensos, mas não disse que o projecto foi definitivamente abandonado.

De acordo com observadores, é a primeira vez, nestes últimos anos, que a administração do território chinês recua perante os contestários do movimento pró-democracia de Hong-kong.

Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, afirmou que apoiava e respeitava a decisão tomada por Carrie Lam.

Todavia o governo central de Pequim considerou que são necessários mecanismos judiciais mais firmes, para lutar contra o crescente índice de criminalidade prevalente em Hong-Kong.

Segundo o acordo assinado em 1997 com a Grã-Bretanha, no âmbito da restituição de Hong-Kong à China, este último país consentiria durante 50 anos o exercício de liberdades negadas aos chineses do território continental, nomeadamente liberdade de expressão e tribunais independentes.

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