Polémica internacional sobre protecção da Amazónia
A Alemanha e a Noruega que contribuíam para o fundo de protecção à floresta da Amazónia, no Brasil, decidiram suspender as respectivas ajudas financeira. A decisão foi motivada pelos dados revelados recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPEP) brasileiro.Estes últimos apontam para um aumento da desflorestação da Amazónia desde a chegada ao poder, em Brasília, do Presidente da extrema-direita Jair Bolsonaro. Bolsanaro que prometeu explorar as riquezas naturais da Amazónia, pondo em perigo a existência das populações indígenas e o equilíbrio climático do mundo, declarou que o Brasil não precisa da ajuda alemã.
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Segundo a ministra do Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, à luz das políticas do actual governo brasileiro, o seu país decidiu suspender a sua contribuição financeira para a Fundo de preservação da floresta da Amazónia, no norte do Brasil.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro prometeu durante a sua campanha eleitoral, reduzir o habitat dos povos indígenas da Amazónia, assim como autorizar a exploração dos recursos naturais da imensa região.
Recentemente, o chefe de Estado brasileiro, figura da extrema-direita, decidiu demitir o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, Ricardo Galvão, após o seu organismo ter divulgado estatísticas que apontam para um avanço da desflorestação da Amazónia,desde a chegada ao poder de Jair Bolsonaro.
A Alemanha ,que entre 2008 e 2019 contribuiu com um total de 95 milhões de euros para programas de protecção ao meio ambiente no Brasil, suspendeu a ajuda de 35 milhões de euros ( 40 milhões de dólares ), prevista para o corrente ano.
Jair Bolsonaro reagiu a decisão da Alemanha afirmando, que o Brasil não precisa da ajuda do país europeu, para preservar a floresta amazónica.
A Noruega, principal doador, que bloqueou igaulmente uma ajuda de 30 milhões de euros para o Fundo da Amazónia, à semelhança da Alemanha, acusa o governo de Jair Bolsonaro, de encorajar a desflorestação da Amazónia.
Segundo o ministro brasileiro do Ambiente, Ricardo Salles que não esconde o seu cepticismo sobre as causas do aquecimento climático, o Brasil decidiu suspender o funcionamento do Fundo da Amazónia.
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