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Guiné-Bissau

Após revolta militar, Guiné-Bissau volta à normalidade

Um dia após a detenção do primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, e do general José Zamora Induta, a vida voltou quase à normalidade na capital. O primeiro-ministro permaneceu em prisão domiciliária na sexta-feira, mas teve uma reunião com o presidente da República, Malam Bacai Sanhá.

O Primeiro-ministro Carlos Gomes Junior (vestido de azul no centro) com seus partidários neste 1de abril 2010
O Primeiro-ministro Carlos Gomes Junior (vestido de azul no centro) com seus partidários neste 1de abril 2010 AFP / UNIOGBIS RESTRICTED TO EDITORIAL USE
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Segundo testemunhas, o primeiro-ministro foi acompanhado desde a sua casa até à Presidência da República pelo procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Amine Michel Saad, e sob escola militar.
Depois do encontro com o presidente guineense, Carlos Gomes Júnior afirmou que vai continuar no cargo. " Vou continuar o mandato. Fui eleito pelo povo", afirmou o primeiro-ministro. Sobre os incidentes de quinta-feira, Carlos Gomes Júnior disse que a situação "vai ser ultrapassada".

Em apoio ao primeiro-ministro, membros do governo de Guiné-Bissau condenaram, nesta sexta-feira, o uso da força como meio para resolver os problemas.

Em um tom de reconciliação, o major general António Indjai, o número dois do exército, que havia autoproclamado chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, declarou nesta sexta-feira à imprensa que irá trabalhar com o governo e com as instituições da República. Ele também pediu desculpas pelas ameaças proferidas contra Carlos Gomes Júnior.

Reações

A União Africana exigiu nesta sexta-feira que protagonistas da intervenção militar do dia 1 de abril não provoquem nenhuma situação que possa vir a desestabilizar o funcionamento normal das instituições democráticas.

O Presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, afirmou estar disponível para acompanhar as autoridades da Guiné-Bissau nos esforços para a recuperação do país.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pediu que os líderes militares e políticos resolvam as diferenças de forma pacífica e “mantenham a ordem constitucional”. O governo brasileiro pediu às autoridades, forças armadas e à sociedade de Guiné-Bissau que respeitem a ordem democrática.

A Cedeao (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e a União Europeia também condenaram a rebelião na Guiné-Bissau e pediram respeito à democracia e à ordem constitucional.
 

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