Jibuti em eleições presidenciais sem suspense
O presidente do Jibuti é candidato a um terceiro mandato. Ismaël Omar Guelleh não deverá ter dificuldades em se impor num escrutínio boicotado por sectores da oposição.
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No ano passado o chefe de Estado cessante, no poder desde 1999, fizera alterar a constituição para alterar o limite de dois mandatos até então previstos na lei fundamental do país, ele alega agora que este terceiro mandato será também o último.
O escrutínio desta sexta-feira proporcinou um duelo com Mohamed Warsama Ragueh, antigo presidente do Tribunal constitucional que deverá, porém, deixar tudo como está em termos da liderança.
Ao todo eram 152 000 os eleitores que deviam votar nesta antiga colónia francesa com uma posição estratégica única na entrada do Mar Vermelho, que acolhe bases militares da França e dos Estados Unidos.
O escrutínio teria decorrido de forma ordeira, sem incidentes e com uma boa taxa de participação, de acordo com o presidente da comissão de eleições, Assoweh Idriss.
A 18 de Fevereiro passado pelo menos duas pessoas teriam morrido em protestos em prol de reformas democráticas num regime tido como autocrático.
Manuel João Ramos, especialista do Corno de África no Instituto de estudos africanos de Lisboa, alega que este escrutínio não vai alterar substancialmente o xadrez político do Jibuti.
Manuel João Ramos
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