Autoridades de Bissau criticam ONU
Faustino Imbali, ministro dos negócios estrangeiros do governo de transição, não poupou críticas à ONU e ao embaixador do seu país em Nova Iorque no rescaldo da presença das autoridades de Bissau na Assembleia Geral da ONU.
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A Guiné-Bissau não discursou na Assembleia Geral da ONU, encerrada na segunda-feira em Nova Iorque, onde só a delegação das autoridades depostas conseguiu ter acesso ao hemiciclo.
Raimundo Pereira, presidente interino deposto, não consegiu, porém, proferir a sua alocução devido a um recurso interposto pela CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental.
Faustino Imbali acusou o embaixador guineense junto da ONU, João Soares da Gama, de estar por detrás do problema da falta de acreditação da delegação das autoridades de transição.
O chefe da diplomacia de Bissau denunciou a alegada intervenção de Portugal para que o embaixador guineense na ONU se mantivesse no seu cargo, não obstante a nomeação pelas autoridades de transição de Manuel Monteiro dos Santos para o substituir.
Para o ministro guineense o regresso à ordem constitucional, uma exigência de vários parceiros, nomeadamente a União Africana, a União Europeia e a CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, não é nem possível nem desejável.
Ele instou, mesmo, a organização lusófona a assumir a responsabilidade histórica de suspender a Guiné-Bissau da CPLP.
Porém dos encontros mantidos entre as autoridades de transição e as autoridades depostas surgiu o anúncio da vinda, em período ainda por determinar, de uma missão conjunta de organizações internacionais para apurarem a situação que se vive no terreno.
Aliu Candé, em serviço especial para a RFI, tem mais informação.
Correspondência de Bissau
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