Milhares homenageiam moçambicano morto na África do Sul
O taxista moçambicano, Mido Macia, morto a semana passada, depois de ter sido amarrado à traseira de um viatura da polícia sul-africana e arrastado cerca de 400 metros, foi homenageado hoje, em Daveyton, na África do Sul.
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Mais de dez mil pessoas, amigos e familiares, quiseram prestar nesta quarta-feira uma última homenagem ao taxista moçambicano, Mido Macia, morto na semana passada depois de ter sido amarrado à traseira de um viatura da polícia sul-africana e arrastado cerca de 400 metros.
Nas ruas os participantes ergueram cartazes onde exigiram o fim dos actos de xenofobia praticados pela polícia sul-africana. Na cerimónia de homenagem estiveram presentes várias figuras, entre elas, Graça Machel, activista dos direitos humanos e esposa de Nelson Mandela, membros do ANC e da Frelimo. O embaixador de Moçambique na África do Sul, Fernando Fazenda, marcou presença afirmando que se tratou de um momento de conforto e despedida para a família. O corpo de Mido Macia, será transladado para Maputo na sexta-feira, e a cerimónia fúnebre deve decorrer no sábado.
Com a colaboração da nossa correspondente na África do Sul Mariamo Hassamo
Correspondência de África do Sul
No seguimento deste episódio, a Liga dos Direitos Humanos de Moçambique veio a público acusar a polícia sul-africana de agir na base de "estrangeirismo" e pediu "atitudes enérgicas" do executivo moçambicano. Em entrevista a Lígia Anjos, o vice-presidente da Liga dos Direitos Humanos, Amlilcar Andela, disse que a Liga vai organizar, no próximo sábado, uma homenagem a Mido Macia.
Amilcar Andela, vice-presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique
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www.portugues.rfi.fr/africa/20130305-mocambique-acusa-africa-do-sul-de-xenofobia
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