Frelimo quer desmilitarização da Renamo
Os dois principais partidos moçambicanos, a Frelimo e a Renamo, estão de novo à mesa de negociações, desta feita, para encontrarem soluções à desmilitarização da milícia de Afonso Dhlakama.
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Desbloqueada a questão política, com a aprovação de um pacote eleitoral, a ser votado na Assembleia da República, a Frelimo, no poder, e a Renamo, maior partido da oposição, em Moçambique, sentaram-se de novo à mesa de negociações, em Maputo, para debaterem o bicudo problema da desmilitarização da Renamo.
Para além dos representantes dos dois principais partidos moçambicanos, participam igualmente nessas negociações, especialistas militares e os cinco mediadores nacionais.
No recente conflito político-militar, ainda por solucionar, ficou provado que a Renamo, ainda tem uma autêntica força de homens armados, quer em torno da segurança pessoal do seu líder, Afonso Dhlakama, quer no terreno, se tivermos em conta, os confrontos e ataques um pouco por todo o país, há mais de um ano, às vezes, com situações de quase guerra civil, com as forças governamentais.
Alás, no momento em que a Renamo e a Frelimo, se sentavam à mesa de negociações, para falar de desmilitarização, as forças de segurança moçambicanas, capturavam 7 antigos guerrilheiros de Dhlakama, na posse de armas, em Inhambane, a 400 quilómetros de Maputo.
Num Estado de direito democrático, não há lugar paraexércitos privados ou milícias, mas sim, para um exército nacional republicano, sob o controlo de instituições políticas eleitas, defende a Frelimo, enquanto a Renamo, vem dizendo que os seus homens não foram bem integrados nessas forças armadas nacionais, como estipulava o acordo de paz , assinado em 1992, em Roma, na Itália.
De Maputo, o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo
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