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São Tomé e Príncipe

Governo são-tomense acusa ADI de apelo à violência

As eleições autárquicas, regionais e legislativas terão lugar entre 22 de Setembro e 14 de Outubro como previsto pela Lei Eleitoral, anunciou hoje (6/05) o presidente da Assembleia Nacional, Alcino Pinto, no mesmo dia em que o Presidente Manuel Pinto da Costa iniciou um ciclo de consultas no intuito de encontrar uma data consensual.

Manuel Pinto da Costa, Presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe
Manuel Pinto da Costa, Presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe
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O governo são-tomense acusou de irresponsabilidade Levy Nazaré, secretário geral do partido Aliança Democrática Independente - ADI - na oposição, que na última sessão parlamentar instou o governo a realizar eleições este ano, um compromisso assumido com o povo, que deve ser assumido "nem que para isso venha a custar a vida a alguns", declarações que segundo o governo pressupoem ameaças veladas quando o país caminha para eleições.

Com efeito, depois de ontem (5/05) o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Victor Manuel Correia, garantiu que estão criadas as condições para a realização do escrutínio, tendo remetido ao governo um orçamento de cerca de um milhão de euros para tal, já esta terça-feira (6/05) o presidente do parlamento Alcino Pinto avançou o período entre 22 de Setembro e 14 de Outubro para a sua realização, em conformidade com a Lei Eleitoral, no mesmo dia em que se avistou com o Presidente Manuel Pinto da Costa, que se encontrou igualmente com o Primeiro Ministro Gabriel Costa, no inicio de uma série de consultas, no intuito de conseguir consensos, para a marcação da data exacta das eleições legislativas, regionais e autárquicas.

No final da audiência o Primeiro Ministro pediu ajuda à comunidade internacional, alegando que o país não tem capacidade para financiar todo este processo eleitoral, e condenou as declarações "irresponsáveis do secretário-geral da ADI, que quer lançar o país a ferro e fogo, só porque está ávido do poder".

Por sua vez Levy Nazaré considera que houve uma má interpretação dos seus propósitos, mas reitera que o que quis dizer foi "não vamos deisitir de defender o povo de São Tomé e Príncipe, de defender o nosso país, nem que para isso custe a nossa própria vida". 

01:53

Hélia Fernandes, correspondente em São Tomé e Príncipe

Ainda com as eleições em pano de fundo, Jorge Amado, presidente do MLSTP/PSD, o principal partido da coligação que sustenta o governo, anunciou que por proposta sua, apoiada pelas instâncias superiores do partido, e para salvaguardar a unidade do mesmo, o seu vice-presidente Osvaldo Vaz, será o candidato a Primeiro Ministro dos sociais democratas do MLSTP/PSD, partido que enfrenta graves divisões internas e dissidências de vulto.

O economista Osvaldo Vaz, é também o administrador no arquipélago da petrolífera estatal angolana Sonangol, e a sua candidatura deverá agora ser formalmente ratificada na próxima reunião do Conselho Nacional do MLSTP/PSD, que terá lugar em breve.

Jorga Amado descartou no entanto a realização de um congresso extraordinário para tal, de recordar que no último em Junho de 2012, que o elegeu para presidente, Osvaldo Vaz tentou lançar uma lista de oposição ao até então candidato único de consenso e finalmente eleito, tendo Osvald Vaz sido então designado vice-presidente da lista UNIDA liderada por Jorge Amado..  

 

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