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África

Mauritânia condena jovem à morte por apostasia

Um tribunal da Mauritânia condenou à morte nesta quinta-feira (25) um jovem muçulmano por apostasia, ou seja, pela negação ou abandono da fé. É o primeiro caso deste tipo no país africano. Mohamed Cheik Mohamed estava detido desde o dia 2 de janeiro e negou ter cometido qualquer crime. 

Nouakchott foi palco de reações de cólera, que pediam a morte do jovem muçulmano por "blasfêmia".
Nouakchott foi palco de reações de cólera, que pediam a morte do jovem muçulmano por "blasfêmia". Getty Images/Bernard Foubert
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O juiz afirmou que o jovem, que tem menos de 30 anos, foi condenado por ter se referido ao profeta Maomé com imprudência em um artigo divulgado na internet. O réu disse, em sua defesa, que não teve a intenção de "fazer nenhum mal ao profeta". Assim que a sentença foi anunciada, ele chegou a desmaiar e, após ser atendido, foi levado para a prisão.

Segundo uma fonte ouvida pela agência France Presse, o anúncio do tribunal da cidade de Nouadhibou, no noroeste do país, foi acolhido com celebrações na sala de audiência e também nas ruas da cidade. Ainda não está claro se ele poderá recorrer da decisão. Desde 1987 a Mauritânia não executa nenhum condenado a pena de morte.

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