Áfica junta-se ao dia de luto após atentado à sede do jornal satírico francês
O Presidente da República cabo-verdiano juntou-se aos muitos líderes mundiais que já condenaram o atentado à sede do semanário Charlie Hebdo. Jorge Carlos Fonseca enviou uma mensagem ao seu homólogo francês François Hollande manifestando consternação pelo vil atentado terrorista à sede do semanário Charlie Hebdo, neste dia em que a França está de luto.
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Em declarações à rádio pública cabo-verdiana, Jorge Carlos Fonseca expressou solidariedade para com os profissionais de imprensa, o Presidente francês e toda a população da França,"em meu nome pessoal, mas também em nome da nação cabo-verdiana envio uma mensagem de solidariedade e condolência como expressão da nossa partilha de valores fundamentais - a ver com as opções que os dois países fizeram de maneira irreversível. Opções pelas liberdades, pela liberdade de imprensa, pela democracia e pelo Estado de Direito".
O governo de José Maria Neves repudiou o bárbaro atentado perpretrado contra o jornal Charlie Hebdo como nos conta o nosso correspondente em Cabo Verde, Odair Santos.
Correspondência de Cabo Verde
Também o sindicato dos jornalistas angolanos condenou o atentado como nos explica o seu porta-voz Teixeira Cândido, "todos os jornalistas de todo o mundo declarou esta situação como que uma atrocidade, sem qualificação. O sindicato dos jornalistas angolanos não poderia estar indiferente à situação de modo que manifestamos a nossa solidariedade para com o povo francês"
Teixeira Cândido, sindicato dos jornalistas angolanos
Ontem ao final da tarde, vários milhares de pessoas concentraram-se na praça da República, em Paris, em homenagem às vítimas do ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo, que provocou 12 mortos.
Convocada por vários sindicatos, associações, órgãos de comunicação e partidos políticos, os participantes continuam a chegar à praça da República, no centro da capital francesa.
A frase "Je Suis Charlie", "Eu sou Charlie", ecoa desde ontem como símbolo de solidariedade com a redacção do jornal satírico como reporta Carina Branco.
Reportagem de Carina Branco: manifestação de repúdio em Paris aos assassínios
Mavilde Lopes Mardon vive no andar de cima da padaria e descreve o tiroteio que ouviu quando estava a trabalhar. A residente portuguesa do 11° bairro descreveu o polícia abatido no ataque ao jornal Charlie Hebdo, no cruzamento da Rua Boulle com a Rua Breguet.
Mavilde Lopes Mardon, padeira amiga de um polícia morto
Entre os moradores do bairro onde decorreu o massacre ao jornal satírico encontrava-se a portuguesa Ermelinda Martins que descreveu estar "completamente chocada" com a violência das imagens às quais assistiu, ontem, durante uma aula de ginástica. Ermelinda Martins ouviu o tiroteio e descreveu o que viu à jornalista Carina Branco, "eram 11h25, ouvimos o tiroteio e pensamos que aquilo era uma brincadeira. Dirigimo-nos à janela e vi o tiroteio. Vi a queda do polícia dentro do jardim durante o fogo cruzado."
Ermelinda Martins, vizinha do semanário Charlie Hebdo
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