Raúl Danda céptico sobre resultados do Conselho da República angolana
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, convocou o Conselho da República, para o dia, 10 de fevereiro, sem uma agena bem definida, mas que se acredita, ir girar à volta da economia e orçamento do estado.
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Esta convocação do Conselho da República de Angola, feita pelo Presidente, José Eduardo dos Santos, veio na sequência, da revisão do Orçamento Geral do Estado, para 2015, durante o Conselho de Ministros, desta sexta-feira, 6 de fevereiro, em Luanda.
Analistas e políticos angolanos, acreditam, que num clima de morosidade económica e de quebra dos preços do pretróleo, é inevitável que haja, um Orçamento rectificativo e os angolanos, vão ter que apertar o cinto.
Na oposição, o líder parlamentar da Unita, Raúl Danda, em declarações, à RFI, disse que "convocar o Conselho dda República é uma prerrogativa do Presidente, mas os conselhos que são dados pelos conselheiros, não vinculam, digamos assim, o comportamento do próprio Presidente da República, que terá a sua forma de agir."
"A segunda questão que eu queria dizer, em relação a isso, é que o Presidente da República, nem sequer, conferiu posse, aos membros desse Conselho, o que devia fazer (...). O Conselho da Repúbllica, tem pessoas que são de indicação obrigatória, como sendo, os líderes das formações políticas, na Assembleia Nacional.
"É o caso, por exemplo, de Abel Chivukuvuku, que é Presidente da CASA-CE, a quem deveria ter sido concedida posse, e isso, não aconteceu," sublinha o líder parlamentar da Unita, a segunda maior força política de Angola.
Nesta entrevista, Raúl Danda, eleito deputado pelo círculo de Cabinda, mostra-se ainda, muito crítico em relação, à visita do Embaixador de Portugal, àquela província angolana, numa altura em que se fala na eventualidade de investimentos portugueses, em Cabinda.
"O que eu devo dizer, em relação a Cabinda, é o seguinte: cada vez que eu oiço falar de Portugal, ligado a Cabinda, vem-me, à memória, a traição que Portugal, fez, para com Cabinda, relativamente, ao facto dos cabindas, terem confiado, em Portugal, para que Cabinda, se tornasse um Protectorado (...). A principal desgraça, vivida pelos pelos cabindas, hoje, é da inteira responsabilidade de Portugal (....)."
Raúl Danda, Líder parlamentar da UNITA, em Angola
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