Jornalistas moçambicanos acusados de infringir regras deontológicas
Denúncias do não respeito de princípios da ética e da deontologia jornalísticas, ou ainda aumento de salários e melhoria de condições de trabalho, marcaram o dia do jornalista, em Moçambique.
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Em Moçambique, comemorava-se, este sábado, 11 de abril, o Dia do jornalista moçambicano, com uma série de actividades, designadamente, debates em torno da ética e deontologia no jornalismo, princípios, que são sistematicamente violados naquele país.
Tomás Vieira Mário, Presidente do Conselho Superior de Comunicação Social, órgão de disciplina e de consulta, no exercício dos direitos à informação e à liberdade de imprensa em Moçambique, denunciou assim estas violações:
"Encontrámos cenas de violência, e as filmámos e as publicámos, em bruto, com sangue fresco, e repetimos, o dia todo, essas imagens; isso, é que é, anti-ético".
Tomás Vieira Mário, sublinhou que a resolução do problema, passa pela regulamentação da lei da imprensa, como forma de corrigir violações cometidas por jornalsitas que fazem acusações sem fundamento:
"Acusam pessoas concretas, mas você escuda-se, com fontes anónimas, que é para não responder. Isso, chama-se, abusar da profissão e prejudicar os outros. Em nome de quê? De vendas e de audiências."
Enfim, neste dia do jornalista moçambicano, o Sindicato dos jornalistas, defendeu a introdução da carteira profissional, ou a melhoria dos salários e das condições de trabalho dos jornalistas.
De Maputo, o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo
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