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Refugiados

ONU apela a 200 mil refugiados na União Europeia

As Nações Unidas apelaram, esta sexta-feira, à repartição de pelo menos 200 mil refugiados na União Europeia. A ONU considera que todos os estados-membros devem ser obrigados a participar neste programa.

Estação central de comboios de Budapeste, Hungria. 02/09/15
Estação central de comboios de Budapeste, Hungria. 02/09/15 REUTERS/Laszlo Balogh
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Em comunicado o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados apela a Europa a acolher pelo menos 200 mil refugiados, a serem repartidos pelos diferentes estados-membros

"As pessoas que fazem um pedido de protecção válido (...) devem beneficiar de um programa de reinstalação em massa, com a participação obrigatória de todos os estados-membros da União Europeia. Uma estimativa preliminar parece indicar a necessidade de aumentar as oportunidades de reinstalação até 200 mil lugares", pode ler-se no comunicado do Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

António Guterres sublinha que a "Europa enfrenta o maior afluxo de refugiados das últimas décadas", uma "situação que requer um enorme esforço comum, impossível com a actual abordagem fragmentada" que existe no seio da União Europeia.

Desde o início de 2015, mais de 300 mil pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo e mais de 2.600 perderam a vida ao tentarem realizar a travessia, segundo os recentes dados do ACNUR. 

"Uma viagem para o caos", que continua mesmo depois de chegarem às costas e às fronteiras europeias. António Guterres denuncia o tratamento indigno que estas pessoas recebem e ressalva que se trata "de uma crise de refugiados e não de um fenómeno de migração", até porque a maioria das pessoas são oriundas de países em conflito como a Síria, Iraque e Afeganistão .

Para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados a solução para este problema passa pela implementação de uma "estratégia comum baseada na responsabilidade, solidariedade e confiança", que se traduz em "medidas urgentes e corajosas para estabilizar a situação e encontrar uma maneira de compartilhar verdadeiramente a responsabilidade, a médio e longo prazo". 

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