Acesso ao principal conteúdo
Política /Congo

Congo aprova nova Constituição

O presidente da República do Congo , Denis Sassou Nguesso promulgou nesta sexta-feira, dia 6 de Novembro a nova Constituição do país., Esta é o resultado do referendo constitucional de 25 de Outubro passado.O voto favorável abre o caminho à uma nova candidatura do vigente chefe de Estado, Denis Sassou Nguesso. Segundo o investigador do Centros de Estdudos Internacionais de Lisboa, Eugénio Costa Almeida esta nova tendência para mudança das Consituições em África reflecte de certa forma a vontade de alguns dirigentes africanos reconstituirem o conceito de uma democracia praticada outrora pelos reis e chefes tradicionais do continente.

O  presidente do Congo , Denis Sassou-Nguesso vota no referendo  de 25 de Outubro de 2015
O presidente do Congo , Denis Sassou-Nguesso vota no referendo de 25 de Outubro de 2015 AFP PHOTO
Publicidade

 Na sexta-feira , dia 6 de Novembro de 2015, o presidente Denis Sassou Nguesso promulgou a nova Constituição da República do Congo, adoptada na sequência do referendo de 25 de Outubro. O referendo propunha uma emenda da Constituição que permite o vigente chefe de Estado candidatar-se à um novo mandato. A oposição congolesa que boicotou a consulta popular , qualificou a mesma de "batota".

 De acordo com o ministro da Justiça do Congo, Aimé Emmanuel, a nova Constituição regulamentará futuramente a vida institucional do país africano. A nova lei fundamental congolesa foi aprovada por 94,32% dos votos exprimidos no decurso do referendo, que registou uma participção de 71,16%. De acordo com jornalistas da APF presentes em Brazzaville, capital do Congo, e em Pointe-Noire, segunda cidade do país, o referendo contestado por sectores da população não mobilizou fortemente os eleitores congoleses. A luz do resultado do referendo de 25 de Outubro de 2015, Denis Sassou Nguesso voltará a ser candidato à presidência em 2016.

 Depois do Burundi e do Ruanda recentemente, a tendência para a modificação das Constituições nalguns países africanos, confirma-se. Segundo os analistas tornou-se uma forma de prolongar legalmente a permanência no poder para determinados dirigentes de África e uma tentativa para reconstituir um modelo de democracia personificado antigamente por reis e chefes tradicionais africanos que se rodeavam de conselheiros para implementar as suas decisões. O investigador Eugénio Costa Almeida do Centro de Estudos Internacionais de Lisboa declarou à RFI, que a atràs citada tendência pode revelar-se um factor de instabilidade política no continente africano.

 

01:58

Eugénio Costa Almeida . 07.11.2015

 

 

 

                     

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.