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África do Sul

Rejeição da moção de censura contra o presidente da África do Sul

Sem surpresas, a moção de censura apresentada pela Aliança Democrática na oposição não obteve votos suficientes. Esta moção que acusava o presidente de ter causado" prejuízos irreparáveis à economia sul-africana" obteve apenas 99 votos favoráveis e 225 contra, o ANC, partido no poder desde 1994 sendo largamente maioritário no parlamento.  

O presidente sul-africano Jacob Zuma.
O presidente sul-africano Jacob Zuma. REUTERS/Nic Bothma/Pool/Files
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O presidente sul-africano tem estado particularmente colocado sob pressão da oposição depois de ter demitido de forma brutal no passado mês de Dezembro o seu ministro das finanças, Nhlanha Nene, figura respeitada dos mercados, para substitui-lo por um ilustre desconhecido, o deputado David Van Rooyen que aliás acabou por não ficar muito tempo no posto, dado o vento de pânico que soprou nas bolsas. Zuma foi rapidamente obrigado a nomear outro ministro das finanças, Pravin Gordham, que já tinha ocupado a pasta entre 2009 e 2014, tudo isto no espaço de apenas 4 dias.

Para além do terreno político, no qual tem que também enfrentar o crescimento do líder populista Julius Malema, o presidente sul-africano também está a braços com a justiça com um caso de corrupção e acusações de fraude fiscal que são uma pedra no seu sapato há cerca de 10 anos. Como se não bastasse, o Tribunal Constitucional deve igualmente indicar em breve se ele vai ser obrigado ou não a reembolsar ao erário público cerca de 20 milhões de Euros que ele gastou para renovar a sua residência privada de Nkandla, no leste da África do Sul, um caso tanto mais embaraçoso num país com um crescimento de apenas 1,3% no ano passado e com uma taxa de desemprego altíssima de cerca de 25%.

 

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