RDC: acordo entre forças de oposição congolesas
Foi esta madrugada firmado em Bruxelas, Bélgica, um acordo entre as principais forças da oposição congolesa. Durante a madrugada desta sexta-feira, depois da assinatura do “acto de compromisso das forças políticas e sociais envolvidas na mudança”, a oposição garantiu a adopção de uma posição comum face ao diálogo nacional e anunciou a criação de um órgão único e comum, denominado de “a união”.
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Um acordo foi finalmente firmado em Bruxelas entre as principais forças da oposição congolesa. Durante a madrugada desta sexta-feira, depois da assinatura do “acto de compromisso das forças políticas e sociais envolvidas na mudança”, a oposição garantiu a adopção de uma posição comum face ao diálogo nacional e anunciou a criação de um órgão único e comum, denominado de “a união”.
“Não” ao diálogo convocado pelo Presidente Joseph Kabila, “sim” à aplicação integral da resolução 22.77 do conselho de Segurança das Nações Unidas. A oposição fez questão de estabelecer a diferença entre as duas possibilidades de diálogo, que nesta quinta-feira foram alvo de tensões.
A oposição diz-se disposta a discutir a uma só voz com a mediação de Edem Kodjo, facilitador designado pela União Africana, coadjuvado por uma equipa de representantes da comunidade internacional.
A decisão agora tomada envolve várias exigências: a organização de eleições presidências dentro do prazo estabelecido pela Constituição, a libertação de todos os presos políticos e a revisão do funcionamento da Comissão Eleitoral Nacional Independente (Céni) e do Tribunal Constitucional, entre outros. Mas a grande exigência prende-se com o término do mandato presidencial do Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, a 20 de Dezembro.
As eleições presidenciais no país supostamente deviam-se realizar em Novembro, uma data que parece cada vez mais improvável.
A oposição pediu ainda apoio à comunidade internacional na sua luta pela alternância. A grande novidade desta noite é a criação de um mecanismo de acompanhamento e coordenação comuns para a implementação das conclusões da conferência, encabeçado por Etienne Tshisekedi, que surgiu como o unificador. O mesmo que declarou, no final da sessão plenária, que “estamos próximos das vitória”.
Etienne Tshisekedi, presidente da União para a Democracia e Progresso Social (UDPS), 83 anos, é o adversário histórico de Kabila, 45 anos, no poder na RDC desde 2001.
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