UNICEF traça cenário sombrio para as crianças
Segundo o último relatório da UNICEF pelo menos 69 milhões de crianças com menos de cinco anos vão morrer até 2030 e 167 milhões vão viver na pobreza extrema. A agência das Nações Unidas deixa um alerta para o facto de só uma maior atenção da comunidade internacional poderá travar este futuro dramático para as crianças mais pobres do mundo.
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Um cenário sombrio para as crianças nos próximos quinze anos é descrito no relatório da UNICEF - " A Situação Mundial da Infância", divulgado nesta terça-feira. O documento diz que se as tendências dos últimos quinze anos se mantiverem nos próximos quinze anos pelo menos 69 milhões de crianças com idades inferiores a cinco anos vão morrer, 167 milhões irão viver na pobreza extrema e 263 milhões vão ficar fora da escola.
De acordo com o relatório há crianças que estão a ser contrabandeadas, abusadas sexualmente, mutiladas, mortas por causa os órgãos vitais, recrutadas como crianças soldado ou escravizadas. No documento lê-se que até 2015 os conflitos mundiais obrigaram cerca de 60 milhões de pessoas a abandonarem os lares, metade são crianças.
Alterações climáticas
O efeito das alterações climáticas também está a agravar os riscos para as crianças mais pobres. Mais de 500 milhões de crianças vivem em zonas propensas aos cenários de cheias e pelo menos 160 milhões vivem em zonas afectadas pelos períodos de estiagem.
A agência das Nações Unidas deixa um alerta para o facto de só uma maior atenção da comunidade internacional- governos, doadores, empresas e organizações- poderá travar este futuro dramático para as crianças mais pobres do mundo.
Aposta na educação
A UNICEF apresenta dados que indicam que investir na escolaridades das crianças mais vulneráveis, criar condições de equidade e encontrar meios de financiar as crianças mais desfavorecidas pode produzir efeitos positivos imediatos e a longo prazo.
Graça Samo, coordenadora internacional da Marcha Mundial para as Mulheres, refere que a forma como as nações estão a direccionar as prioridades são "realmente para deixar de fora a a maioria da população, sobretudo as mulheres e as crianças".
Graça Samo, coordenadora Internacional da Marcha Mundial das Mulheres
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