França concluiu operação Sangaris na RCA
A França concluiu oficialmente hoje a operação Sangaris, iniciada em Dezembro de 2013 na República Centro-Africana. O ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, declarou que “não é por a operação Sangaris terminar que a França abandona a República Centro-Africana”. A RFI falou com o porta-voz da MINUSCA.
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A França terminou hoje oficialmente a operação Sangaris, numa cerimónia que decorreu no campo militar de M'Poko, em Bangui, na República Centro-Africana. O ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, disse que “não é por a operação Sangaris terminar que a França abandona a República Centro-Africana”.
"A França não vai abandonar a República Centro-Africana, vamos ficar muito vigilantes sobre a evolução da situação e vamos conservar uma capacidade de intervenção com uma força de reacção rápida graças a uma implantação local e graças às unidades da operação Barkhane e às outras forças estacionadas em África”, declarou o ministro.
Reportagem
França sai, violência fica
A operação Sangaris começou em Dezembro de 2013, tendo como objectivo acabar com um ciclo de violência entre comunidades e tendo mobilizado mais de 2.000 homens no auge da crise.
A França vai deixar em Bangui 350 homens com drones de observação. A missão da ONU, MINUSCA, tem também 12.500 capacetes azuis no terreno, apoiados pela União Europeia. Entre eles, há cerca de 160 efectivos do regimento de Comandos do Exército português.
O país ainda regista vários episódios de violência. Na sexta-feira, 25 pessoas foram mortas em confrontos entre grupos armados em Bambari, no nordeste de Bangui, a capital.
A operação Sangaris foi criada para acabar com a violência após o presidente François Bozizé ter sido derrubado por uma rebelião essencialmente muçulmana, a Seleka. O movimento provocou o aparecimento de milícias maioritariamente cristãs, os anti-balaka.
O porta-voz da Minusca, Vladimir Monteiro, admitiu que "há alguma preocupação por parte da população", mas que a presença dos capacetes azuis conseguiu pôr fim à violência terrível de há dois anos.
Vladimir Monteiro, Porta-Voz da MINUSCA
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