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Política/Costa do Marfim

Costa do Marfim: militares amotinados exigem pagamento de gratificações

De acordo com o porta-voz do movimento que requeriu o anonimato,os motins dos militares que espalharam a confusão e disparam para o ar, bem como bloquearm as estradas que levam à Abidjan e à Bouaké e a outras cidades da Costa do Marfim, não representam de forma alguma uma  tentativa de golpe de Estado. Ele declarou que os militares exigem apenas, que "as suas gratificações sejam pagas".

Militares amotinados em Bouaké, no norte  da Costa do Marfim.13 de Maio de 2017
Militares amotinados em Bouaké, no norte da Costa do Marfim.13 de Maio de 2017 ISSOUF SANOGO / AFP
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Em declarações às agências noticiosas em Bouaké, no norte da Costa do Marfim, o porta-voz dos militares amotinados, afirmou que a sua revolta não tem nada haver com a intenção de levar a cabo um golpe de Estado.

Segundo o militar que falou sob anonimato, a única exigência dos seus companheiros amotinados é o pagamento das gratificações prometidos pelo governo.

Ele sublinhou que na minuta divulgada, o Presidente Alassane Ouattara afirmou estar de acordo com as gratifições, mas que até a data nenhum prazo foi estabelecido para o pagamento.

O representante dos amotinados, realçou que eles não cruzarão os braços enquanto não receberem a sua recompensa. Ele lembrou que foram 8.500 deles, que contribuiram para que Alassane Ouattara acedesse ao poder.

O contingente dos militares que participa nos motins corresponde aos antigos rebeldes que apoiaram Alassane Ouattara durante a crise eleitoral de 2010-2011 e posteriormente integraram as Forças Armadas da Costa do Marfim.

Na segunda-feira os motins voltaram a registar um crescendo em Abidjan, após um de fim semana de acalmia.Os militares disparam para o ar e bloquearam alguns eixos viários.

Em Bouaké, os amotinados não hesitaram em utilizar armas pesadas. A tensão permanece igualmente em Man, no oeste, assim como em Bondoukou e Daloa , no centro da Costa do Marfim.

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