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Política /Congo

Congo elege nova Assembleia com oposição dividida

Cerca de dois milhões de congoleses deslocaram-se neste domingo às urnas para eleger um novo parlamento, assim como os representantes das autarquias. Segundo observadores em Brazzaville, as primeiras horas do escrutínio não registaram uma grande afluência às mesas de voto. A oposição dividida qualificou o escrutínio de farsa , antecipando segundo ela, a eventualidade de fraudes.

O Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso.27 de Março de 2017
O Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso.27 de Março de 2017 STRINGER / AFP
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Os congoleses terão duas voltas para eleger os seus deputados e apenas uma, para escolher os autarcas. Cerca de dois milhões de eleitores decidem a partir de hoje qual será a próxima Assembleia da República do Congo. O PCT( Partido Congolês do Trabalho) do Presidente Denis Sassou Nguesso, reeleito em 20 de Março de 2016 depois de uma controversa presidencial, apresenta 128 candidatos, para uma assembleia com um total de 151 assentos. Alguns candidatos independentes são igualmente apadrinhados pelo Partido Congolês do Trabalho. A União Panafricana para a Democracia Social(UPADS), principal partido da oposição, de Pascal Tsaty Mabiala, está na disputa dos votos com 43 candidatos. Paralelamente a União dos Democratas Humanistas-Yuki (UDH-Yuki) , outra componente da oposição, liderada por Guy Brice Parfait Kolélas, está representada por 31 candidatos.

Depois da proclamação da vitória na presidencial de Denis Sassou Nguesso, em 20 de Março do ano passado,ocorreu uma cisão no seio da oposição,que em Agosto de 2015 tinha constituído uma ampla coligação. A UPADS de Mabiala e a UDH-Yuki de Kolélas apoiam Sassou Nguesso.A outra ala, oposta ao Presidente  Nguesso, é formada pela IDC( Iniciativa para a Democracia no Congo) de Charles Zacharie Bowao.

Nesta última estão incluídas a Frocad(Frente Republicana para o Respeito da Ordem Constitucional e a Alternância Democrática) de Claudine Munari e a Componente Jean-Marie Mokoko, do nome de um dos candidatos à presidencial de 2016. Mokoko foi preso em Junho de 2016, acusado de actos e crimes contra a segurança do Estado.

A fracção dos opositores liderada por Charles Zacharie Bowao,a Iniciativa para a Democracia no Congo,tinha ameaçado boicotar as legislativas, se não houvesse um desfecho para a crise de Pool, região do Congo,afectada pela violência. A IDC afirmou também, que não valia a pena participar no escrutínio, uma vez que já se sabia quais eram os resultados.

 

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