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Mali

TPI: avalia em 2,7 milhões de euros danos em Tombouctou

O TPI declarou hoje o extremista islâmico maliano Ahmad al Faqi al Mahdi responsável por danos superiores a 2,7 milhões de euros pela destruição de mausoléus em Tombouctou, no norte do Mali, em 2012.

Mausoléu destruído em 2012 em Tombouctou, norte do Mali.
Mausoléu destruído em 2012 em Tombouctou, norte do Mali. AFP
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Esta foi a primeira vez que o Tribunal Penal Internacional julgou alguém por destruição de Património Histórico da Humanidade.

O extremista maliano tuaregue Ahmed Al Faqi al Mahdi, de 42 anos de idade, que segundo o TPI é membro da organização jihadista Ansar Dine com ligações à Al Quaeda no Magreb Islâmico - AQMI - foi condenado em Setembro do ano passado a 9 anos de prisão por crimes de guerra, pela destruição intencional em 2012 de nove mausoléus e da porta da mesquita Sidi Yahia, em Tombouctou, no norte do Mali, monumentos do século XIV, período considerado o apogeu da arte islâmica sufi, são insubstituíveis e de valor incomensurável

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TPI avalia danos causados por jihadista maliano em 2,7 milhões de euros

Esta quinta-feira (17/08) o TPI responsabilisou Al Mahdi por danos avaliados em 2,7 milhões de euros pelos estragos causados aos edifícios, perdas económicas e danos morais às vítimas dos trabalhadores dos edifícios, ou que viram destruídos os locais onde foram enterrados os seus antepassados.

O tribunal considerou ainda que a quantia simbólica de 1 euro e 17 cêntimos deve ser paga ao Mali e à Comunidade Internacional através da UNESCO, que entretanto reconstruiu os edifícios destruídos.

Mas como Al Mahdi está preso e não tem meios financeiros para pagar, será o fundo do TPI, criado em 2004 para apoiar as vítimas que o fará, um plano para esta indemnização deverá ser apresentado até Fevereiro de 2018.

Na abertura do julgamento Al Mahdi "pediu perdão e garantiu ter remorsos do que fez, quadno estava sob a alçada de grupos terrroristas", o seu testemunho será agora publicado na pàgina internet do TPI.

A Federação Internacional de Direitos Humanos considera esta acusação "uma gota de àgua, em relação ao que se passou em termos de violações de direitos humanos em Tombouctou e apela a que se julguem outros crimes cometidos na mesma altura nessa cidade histórica".

De recordar que os jihadistas abandonaram Tombouctou em Janeiro de 2013, após a intervenção militar internacional, despletada por iniciativa da França.

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