Burundi: ONU apela a investigação do TPI
A ONU apelou nesta segunda feira a que o Tribunal penal internacional investigue com urgência os crimes contra a humanidade e outras atrocidades cometidos no Burundi.
Publicado a: Modificado a:
A Comissão de Investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou a comunidade internacional esta segunda-feira para os crimes contra a humanidade e outras atrocidades cometidos pelas autoridades políticas no Burundi.
Desde Abril de 2015, o país vive uma crise política grave que fez rebentar a violência depois do Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, se ter recandidatado à presidência para um terceiro mandato.
A Comissão de Investigação da ONU apelou ao Tribunal Penal internacional para que investigue “o mais rapidamente possível” os crimes contra a humanidade no Burundi.
Os actos de violência estão a ocorrer num contexto de várias violações dos direitos humanos como “execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura, violência sexual, crueldade, comportamentos desumanos e desaparecimentos forçados”.
A comissão afirma ainda que a maioria destes crimes são cometidos por “funcionários de alto nível do Governo, dos Serviços Secretos e das autoridades nacionais”. As vítimas são na sua maioria homens jovens que têm como ponto comum ser opositores ao governo.
O Governo do Burundi recusou a entrada de investigadores no país e também negou as acusações de crimes contra a humanidade, acusando os membris da Comissão de Investigação de serem “mercenários” de uma revolta para “escravizar os países africanos”.
A oposição ao governo aplaudiu as conclusões da Comissão de Investigação da ONU e espera uma nova área de esperança para o fim da impunidade no Burundi.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro