Dois senegaleses receberam bolsa Ghislaine Dupont e Claude Verlon
Em Dacar, no Senegal, foi atribuída, esta quinta-feira, a bolsa Ghislaine Dupont et Claude Verlon ao jornalista Arona Diouf e à técnica de som Nicole Diedhiou. Os dois senegaleses prometem manter viva a memória dos jornalistas de RFI assassinados no Mali a 2 de Novembro de 2013.
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Arona Diouf formou-se em jornalismo no Centro de Estudos das Ciências e das Técnicas de Informação de Dacar e é, actualmente, jornalista na Rádio Televisão Senegalesa.
O júri distinguiu-o por uma reportagem intitulada “o sofrimento das vítimas da fístula obstétrica face a uma sociedade pouco tolerante”.
O jornalista afirmou que as reportagens de Ghislaine Dupont lhe abriram os olhos para a beleza da profissão de jornalista.
“Fizeram-nos ouvir as reportagens da Ghislaine Dupont. Era reportagens de terreno que nos mostraram a beleza desta profissão. Esta é uma oportunidade para dizer à família que Claude e Ghislaine nunca vão morrer”, afirmou à jornalista da RFI Lou Garçon.
Nicole Diedhiou tem apenas 23 anos, tem um diploma de técnica superior em criação e gestão de produtos multimédia, estando agora a fazer uma licenciatura em criação multimédia.
O júri distinguiu-a pela realização da reportagem intitulada “Testemunhos em torno da poligamia no Senegal”.
Nicole é a primeira mulher a obter o prémio e e diz que vai ser técnica de reportagem de rádio custe o que custar.
“Ele lutou até ao fim. Deu a vida pela informação. É algo realmente maravilhoso. Ouvi a filha do Claude que falou e a mãe de Ghislaine e disse para mim própria: Serei técnica custe o que custar. E sê-lo-ei até morrer”, disse, em entrevista a Lou Garçon.
Nicole Diedhiou e Arona Diouf vão ter uma formação em Paris em Fevereiro e depois vão fazer um estágio na RFI.
Reportagem
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