Forum Paz e Segurança em Dacar quer lutar contra terrorismo
Decorreu durante dois dias, 13 e 14 de novembro, em Dacar, a 4.ª edição do Forum Paz e Segurança, com a participação de cerca de 800 personalidades do mundo da política, da sociedade civil e especialistas. No centro dos debates, a luta contra os jiadistas que fogem do Iraque e da Síria, para a África, pelo que deve haver um plano conjunto entre ocidentais e africanos.
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Dacar, capital do Senegal, recebeu, 13 e 14 de novembro, a 4.ª do Forum Paz e Segurança, para debater questões de segurança em África ou o problema do terrorismo.
Participaram no Forum 800 personalidades entre chefes de estado, ministros, especialistas e representantes da sociedade civil de 45 países, nomeadamente, a França.
Logo na abertura do Forum, vários presidentes e dirigentes africanos, apelaram à ajuda internacional aos seus países para garantirem a sua própria segurança.
O ministro dos Negócios estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, reagiu pedindo uma mellhor responsabilidade dos países africanos nas operações militares e de segurança no continente africano, com o apoio da comunidade internacional.
Jean -Yves Le Drian, deu como exemplo, "laboratório de operações piloto" que é o G5 Sahel, formado por Mali, Níger, Mauritânia, Burkina Faso e Chade, que acaba de terminar a sua primeira operação nos confins do Mali, Burkina Faso e Níger, com apoio da força francesa de 4.000 homens, Barkhane, estacionado no Sahel.
Os debates giraram, pois, entre este tema, mas também, sobre uma nova dimensão do terrorismo em África, que é a chegada dos jiadistas à região do Sahel, fugindo aos combates na Síria e no Iraque.
Um dos pontos levantados pelo Presidente anfitrião, Macky Sall, que defendeu um plano conjunto de acção entre parceiros internacionais e africanos, para combater esses turistas.
Um assunto que Macky Sall, desenvolveu em entrevista exclusiva ao programa "Invité Afrique" da RFI.
Macky Sall, Presidente do Senegal, no Forum Paz e Segurança
"O medo, é que vamos derrotá-los no Iraque e na Síria, vamos seguir, em primeiro lugar para a Líbia, e depois descer em direcção ao Sahel, encontrá-los, porque a África, é a parte vulnerável.
"Eles vão à procura de territórios fáceis, como acontece no Sahel com todas as zonas de tráfico de toda a espécie; E depois seguem para a Somália.
"Logo, se não adoptarmos respostas apropriadas e fortes, evidentemente, tudo o que foi desfeito no Médio oriente, vai encontrar-se no espaço sahelo-saariano, que nos vai pôr problemas.
"Conclusão: tem de haver uma resposta global, soluções integradas porque se temos de novo um santuário, onde essas forças possam estruturar-se, é toda a segurança global que é ameaçada.
"Logo, os parceiros têm de acompanhar a África e a África deve por si fazer esforços suplementares; e é este o obectivo deste Forum: reunir todos os parceiros, todos os actores para reflectirmos, sobre soluções que podemos partilhar".
Palavras do Chefe de Estado senegalês, Macky Sall, em entrevista a Guillaume Thibault, no Forum Paz e Segurança, em Dacar.
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