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Vida em França

Sociólogo duvida do fim da política africana da França

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O presidente francês, Emmanuel Macron, destacou-se na cimeira da União Africana-União Europeia, na Costa do Marfim, ao propor uma reunião de emergência sobre a escravatura na Líbia. Um dia antes, em Ouagadougou, no Burkina Faso, Emmanuel Macron afirmou que “deixou de haver política africana da França”, uma frase em que não crê o sociólogo cabo-verdiano Luiz Silva.

O presidente francês, Emmanuel Macron, em Abidjan. 30 de Novembro de 2017.
O presidente francês, Emmanuel Macron, em Abidjan. 30 de Novembro de 2017. ISSOUF SANOGO / AFP
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O presidente francês, Emmanuel Macron, disse na terça-feira, na Universidade de Ouagadougou, no Burkina Faso, que “deixou de haver política africana da França". Macron disse querer virar várias páginas históricas, nomeadamente a da colonização, marcada por “crimes incontestáveis”.

Não vim aqui para fazer um discurso para abrir uma nova página na relação entre a França e África. Não vim aqui para vos dizer qual é a política africana de França porque deixou de haver uma política africana da França. Há uma política que podemos conduzir, mas há sobretudo um continente que devemos olhar de frente”, afirmou o presidente francês.

O sociólogo cabo-verdiano Luiz Silva, a residir em Paris, não crê que seja possível o fim da política africana de França, ainda que admita que Emmanuel Macron tenha “um olhar diferente” sobre o continente.

Neste magazine, Luiz Silva comenta, também, as medidas contra o tráfico de migrantes anunciadas na reunião de emergência sobre a Líbia, uma iniciativa do presidente francês, à margem da cimeira da União Europeia-União Africana.

Os africanos não devem esperar pelo Macron para vir resolver essa questão” da escravatura, defendeu, sublinhando que há outras situações semelhantes no continente e que “o que se passa hoje em África é um problema dos africanos”.

Reagindo à acusação do presidente da União Africana, Alpha Condé, na semana passada, em Paris - que acusou a União Europeia de ser a responsável das condições de vida dos migrantes na Líbia - o sociólogo disse tratar-se de “um erro crasso do Alpha Condé” e que “a Europa não pode ser continuamente responsável pelos males de África”.

Oiça a entrevista completa clicando na imagem principal.

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