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África

Costa do Marfim : Alassane Ouatttara estende a mão à oposição

A faltarem dois anos do fim do seu mandato, o Presidente da Costa do Marfim anunciou uma ampla amnistia com vista à reconciliação nacional. Alassane Ouattara anunciou a libertação da ex-primeira-dama Simone Gbagbo e de dois ministros do antigo governo.

Alassane Ouattara, 6 de Agosto 2018, Costa do Marfim.
Alassane Ouattara, 6 de Agosto 2018, Costa do Marfim. REUTERS/Thierry Gouegnon
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"Assinei hoje uma amnistia que vai beneficiar cerca de 800 concidadãos perseguidos ou condenados por infracções ligadas à crise pós-eleitoral de 2010 ou por infracções contra a segurança do Estado cometidas depois de 21 de Maio de 2011" (data da tomada de poder efectiva de Ouattara), declarou o chefe de Estado do Costa do Marfim na televisão nacional na véspera do Dia da Independência.

Segundo o Presidente Alassane Ouattara, "cerca de 500 pessoas saíram já em liberdade provisória ou estão no exílio, e verão o seu registo criminal apagado", acrescentando que "será posto um fim às perseguições" contra eles.

É certo que Alasanne Ouattara apanhou todos de surpresa com este anúncio. Até mesmo o advogado de Simone Gbabgo, Rodrigue Dadje, admitiu que não esperava esta medida. A libertação da antiga primeira-dama e de muitas figuras é inesperada já que desempenharam um papel activo durante a crise pós-eleitoral de 2010 e 2011, que vitimou mortalmente 3.000 pessoas.

Por outro lado, não há liberdade para os cerca de sessenta soldados, incluindo o ex-general Bruno Dogbo Wheat, condenado por vários crimes, em particular, durante o julgamento de Simone Gbagbo por atacar a segurança do Estado. Bem como o ex-comandante Seka Seka condenado no julgamento do assassínio do general Robert GueI, também deverá permanecer atrás das grades.

Souleymane Kamarate, também conhecido como "Soul to Soul", o chefe de protocolo do Presidente da Assembleia Nacional, Guillaume Soro, será solto.

Outro ponto forte do discurso foi o apoio de Ouattara à oposição, que durante meses pediu a reformulação da Comissão Eleitoral Independente (CEI) e, em particular, a saída do seu presidente Youssouf Bakayoko.

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