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MALI

Mali: Reeleição de Ibrahim Boubakar Keita

O presidente cessante do Mali foi reeleito por mais cinco anos na chefia do Estado. Ibrahim Boubakar Keita obteve 67, 17% de votos, contra 32,83% para o opositor, Soumaïla Cissé. Os resultados foram anunciado nesta quinta-feira, mas terão ainda que ser validados pelo Tribunal contitucinal.

Presidente cessante do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta foi reeleito com 67,17% de votos.
Presidente cessante do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta foi reeleito com 67,17% de votos. Michele CATTANI / AFP
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A taxa de participação na segunda volta baixou em relação à da primeira: 34,54% contra 43,06%, afirmou o ministro maliano da administração territorial, Mohamed Ag Erlaf à televisão pública.

Ibrahim Boubakar Keita deve tomar posse para o seu segundo mandato consecutivo na presidência maliana a 4 de Setembro, ele que ganhara também em 2013 perante, precisamente, o mesmo adversário, mas na altura por 77,6% de votos.

IBK, como é conhecido vulgarmente, tem 73 anos e sempre foi tido como favorito nesta disputa eleitoral.

Competir-lhe-á, nomeadamente, relançar o acodo de paz de 2015 com a antiga rebelião, maioritariamente tuaregue.

A sua implementação tem conhecido vários contratempos, a ameaça dos extremistas islâmicos continua a ser patente, sobretudo nas regiões central e nortenha.

Um contexto que impediu, de novo, a abertura de muitas mesas de voto durante o processo eleitoral nessas regiões por motivos de segurança.

Não obstante o Mali se ter tornado no primeiro produtor africano de algodão e a sua economia ter crescido nos últimos anos sempre a mais de 5% cerca de metada da sua população vice abaixo do limiar da pobreza.

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Reacções na capital maliana

Os resultados ainda devem passar pelo crivo do Tribunal constitucional.

Os partidários de IBK deram logo azo à sua alegria após o anúncio.

Eis a reacção de Mahamadou Camara, porta-voz do chefe de Estado cessante, com tradução de Leonardo Silva.

"Os malianos escolheram entre, de um lado, aqueles que, ainda antes do início do processo eleitoral, denunciavam fraudes... apostando na desestabilização. E, do outro, aquele que apelava à união.

Eles quiseram que o presidente IBK prossiga os estaleiros começados no primeiro mandato: a recuperação da nação, o exército, garantir a segurança do território, o desenvolvimento da economia e das infraestruturas e também os aspectos sociais.

Deram-lhe um segundo mandato para que ele vá ainda mais longe."

Por seu lado Abourahmane Diarra, um dos porta-vozes do opositor Soumaïla Cissé, com tradução de Victor Matias, prometia recorrer destes resultados.

"Estes resultados não são mais do que números saídos do enchimento de urnas, e não representam a votação sincera dos malianos.

Há vias e meios legais aos quais vamos recorrer para pedir justiça, por forma a que seja afirmada a expressão da votação dos malianos.

Só nos resta o Tribunal constitucional. O que receio é que os malianos não estejam prontos a aceitar estes resultados."

Instantâneos de reportagem hoje em Bamaco de Gaëlle Laleix e de Serge Daniel.

O português residente no Mali, Carlos Alberto, descreve um controlo das comunicações por parte do governo e segurança do Estado que se acentuou desde a segunda volta das eleições presidenciais, que decorreram a 12 de Agosto.

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Português residente no Mali, Carlos Alberto

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