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União Europeia

Bruxelas quer nova aliança África-Europa

O presidente da Comissão Europeia, Jean Claude-Juncker, quer uma nova aliança África-Europa. Objectivo é aumentar o investimento no continente africano e fomentar emprego e trocas comerciais. Juncker quer também reforçar controlo nas fronteiras externas da UE.

Jean Claude-Juncker no Parlamento Europeu em Estrasburgo. 12 de Setembro de 2018.
Jean Claude-Juncker no Parlamento Europeu em Estrasburgo. 12 de Setembro de 2018. FREDERICK FLORIN / AFP
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Esta quarta-feira, durante o seu último discurso sobre o “Estado da União”, no Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, Jean Claude-Juncker disse que “África não precisa de caridade” mas de uma “parceria equilibrada” e que os europeus também precisam dessa parceria.

O presidente da Comissão Europeia afirmou que falou com o presidente da União Africana, Paul Kagame, e que quer construir uma nova parceria com África.

Essa aliança passa por investimentos nos sectores público e privado e pelo aumento do apoio aos estudantes e investigadores africanos graças a programas de intercâmbio. O objectivo é criar “até 10 milhões de empregos em África ao longo dos próximos cinco anos”.

Jean Claude-Juncker quer, ainda, “transformar os numerosos acordos comerciais existentes entre a UE e África num acordo de comércio livre entre os dois continentes”, a Zona Continental Africana de Comércio Livre.

Por outro lado, o presidente do executivo comunitário propôs o reforço da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (FRONTEX), com 10.000 agentes até 2020.  Jean Claude-Juncker disse que o objectivo é “proteger as fronteiras exteriores” face à pressão migratória, sobretudo nos países do sul da Europa.

Com esta medida, os agentes da FRONTEX vão poder fazer controlos de identidade e autorizar ou recusar a entrada nas fronteiras externas. Sob reserva de acordo prévio do país em causa, a agência também poderá lançar operações conjuntas e destacar pessoal para fora da UE.

Jean Claude-Juncker lembrou, ainda, o papel da União Europeia como um garante de paz para a Europa e condenou o “nacionalismo exagerado”, mediante a subida dos nacionalismos e da extrema-direita no bloco comunitário.

No discurso, Juncker pronunciou-se também sobre a Síria e defendeu que a Europa não pode ficar silenciosa perante a “iminência de um desastre humanitário anunciado” na província de Idlib, onde se concentram três milhões de pessoas e onde as forças governamentais parecem preparar-se para atacar.

O reforço da luta contra o terrorismo, as eleições europeias de Maio de 2019, o Brexit e o combate ao branqueamento de capitais foram outros dos temas abordados.

 

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