Defesa pede absolvição de Laurent Gbagbo
O advogado de defesa do antigo Presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, alegou, hoje, que ele deve ser libertado porque o julgamento se baseia uma “história distorcida” sobre a violência pós-eleitoral de 2010 e 2011. As audiências retomaram esta segunda-feira no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, e vão decorrer até 20 de Novembro.
Publicado a: Modificado a:
Esta segunda-feira, no Tribunal Penal Internacional, em Haia, o advogado de defesa do antigo Presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, defendeu que o processo por crimes contra a Humanidade se baseia numa “realidade falsa” e numa “história distorcida”.
O advogado Emmanuel Altit defendeu que “o processo parece baseado em nada” e que “foram os rebeldes que atacaram e as forças de segurança responderam, não o contrário”.
Laurent Gbagbo é o primeiro antigo chefe de Estado a ser julgado no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a Humanidade, nomeadamente assassínios, violações e perseguições durante a violência pós-eleitoral de 2010-2011.
Os mesmos crimes são atribuidos a Charles Blé Goudé, antigo chefe do movimento Jovens Patriotas, que teria comandado tropas que mataram e violaram centenas de pessoas.
Ambos alegam a sua inocência, mas a acusação considera que houve uma planificação sistemática do uso da violência contra os civis.
A violência na Costa do Marfim fez mais de 3.000 mortos em cinco meses, entre Dezembro de 2010 e Abril de 2011, após a recusa de Laurent Gbagbo em reconhecer a vitória eleitoral de Alassane Ouattara nas presidenciais.
Laurent Gbagbo está desde 2011 no centro de detenção do Tribunal Penal Internacional, onde está a ser julgado desde 2016.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro