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RDC

RDC à espera dos resultados das eleições

A República Democrática do Congo continua sem internet e privada das emissões da Radio França internacional, uma das rádios mais ouvidas no país. Entretanto, a Conferência Episcopal adiou para esta quinta-feira a publicação do relatório de observação das eleições gerais de 30 de Dezembro.

Mesa de voto em Kinshasa. 31 de Dezembro de 2018.
Mesa de voto em Kinshasa. 31 de Dezembro de 2018. Marco LONGARI / AFP
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Esta quarta-feira, a RFI tinha o sinal cortado em oito emissoras na RDC, a começar pela capital Kinshasa que deixou de emitir as emissões na segunda-feira, bem como em sete emissoras do interior do país: Goma, Bukavu, Kisangani, Lubumbashi, Mbandaka, Matadi e Mbuji Mayi.

Hoje, em comunicado, a RFI começou por lamentar a retirada da acreditação da sua correspondente em Kinshasa, Florence Morice, defendendo que ela “apenas exerceu o seu trabalho de jornalista profissional”.

A estação francesa, que é uma das mais ouvidas no país, lamenta que “a sua difusão em FM em quase todos os emissores da República Democrática do Congo não esteja a funcionar” e sublinha que “respeita e respeitou as leis em vigor e não deu nenhum resultado das eleições gerais de domingo”.

A RFI destaca, também, que os representantes dos principais candidatos às presidenciais foram convidados, em directo, durante a edição especial de 31 de Dezembro e que cada um deu a sua opinião, acrescentando que, conforme a lei, só divulgará os resultados proclamados pela comissão eleitoral.

Por fim, a estação reitera o apoio completo à sua correspondente, pede que lhe seja restituída a acreditação e que as emissões sejam restabelecidas no país.

Entretanto, a União Africana (UA) quer que os resultados oficiais sejam "conformes ao voto", de acordo com Dioncounda Traoré, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da UA, que enviou 80 observadores para acompanhar o processo eleitoral.

A UA indicou, ainda, que as eleições presidenciais, legislativas e provinciais decorreram num “clima apaziguado e sereno, apesar de ingerências e de todos os desafios de organização, políticos e de segurança”.

No entanto, “o mau funcionamento das urnas electrónicas, a entrega tardia das listas eleitorais e dos formulários dos processos-verbais da contagem dos votos e dos resultados afectaram o bom desenrolar das operações em algumas mesas de voto nas cidades de  Kinshasa e Kalemie", adiantou a organização.

A SADC, Comunidade dos Estados da África Austral, indicou que o escrutínio foi “relativamente bem gerido e o processo eleitoral correu relativamente bem, permitindo à maioria do povo congolês de exercer o seu direito de voto”.

As eleições aconteceram em quase todo o território, mas foram adiadas em Beni, Butembo (leste) e Yumbi (oeste) por razões sanitárias e de segurança.

Na segunda-feira, a missão de observação eleitoral da Igreja Católica, que afirma ter mobilizado cerca de 40.000 observadores, denunciou anomalias na contagem dos votos.

A Comissão Eleitoral afirmou que vai publicar os resultados provisórios o mais tardar a 6 de Janeiro.

As eleições presidenciais devem designar o sucessor do presidente  Joseph Kabila, após 18 anos no poder.

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