Adiada publicação dos resultados das presidenciais na RDC
Na RDC, o presidente da comissão eleitoral nacional independente, Corneille Nangaa, anunciou hoje em Kinshasa que estão contados apenas 53% dos boletins dos votos da eleição presidencial, pelo que a publicação dos resultados não podia acontecer, este domingo, como estava previsto. Pediu paciência até haver uma percentagem mais exaustiva, sem avançar uma nova data da publicação dos resultados.
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A Comissão eleitoral nacional independente, CENI, não anunciou hoje como o previsto a publicação dos resultados provisórios da eleição presidencial de 30 de dezembro, na República democrática do Congo.
Para a CENI, foram contados apenas 53% dos boletins de voto, uma percentagem pouca exaustiva para a publicação dos resultados.
"Anunciada a publicação dos resultados provisórios para 6 de janeiro de 2019, não pode acontecer", confirmou o Presidente da CENI, Corneille Nangaa.
Nangaa, não avançou, porém, uma nova data da publicação dos resultados das eleições na RDC.
"A taxa de contagem dos boletins que era de 20% a 3 de janeiro é hoje de 53%", disse o presidente da CENI.
"Enquanto aguardamos pela exaustividade do processo, pedimos à opinião nacional para ter paciência até termos dados mais consistentes", acrescentou, Nangaa, numa declaração à imprensa.
Mas o presidente da CENI, denunciou "pressões sobre a CENI, inclusivamente do estrangeiro", sublinhando, haver "diplomatas que se aventuram mesmo a ameaçar membros da Comissão eleitoral".
No entanto, Nangaa, confiou à agência noticiosa francesa, AFP, que chegou a equacionar demitir-se a semana passada em pleno processo eleitoral para se dedicar aos seus projectos agrícolas de plantação de cacau, café e óleo de palma".
As eleições presidenciais de 30 dezembro último, devem escolher o sucessor do presidente Joseph Kabila, no poder desde 2001, entre os 3 principais candidatos, Emmanuel Ramazani Shadary, ex-ministro do Interior, Martin Fayulu e Félix Tshisekedi, da oposição.
Há também a publicação dos resultados das eleições legislativas e provinciais e neste clima de adiamento e suspeições de fraude eleitoral, teme-se que haja violência no país, o que preocupa a opinião nacional e a comunidade internacional.
O Presidente americano, Donald Trump, anunciou mesmo o envio de 80 militares para o Gabão na "para responder à possibilidade de haver manifestações violentas na RDC".
Adiada publicação dos resultados das eleições presidenciais na RDC
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