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República Democrática do Congo

África reúne-se de urgência amanhã sobre RDC

Amanhã decorre em Addis Abeba na sede da União Africana uma reunião da SADC logo seguida por outra dos dirigentes da União Africana para se debruçarem sobre a situação explosiva da República Democrática do Congo onde ontem começou a ser analisado pelo Tribunal Constitucional o recurso apresentado por Martin Fayulu, candidato das presidenciais de 30 de Dezembro, que reclama para si a vitória, contrariando os resultados anunciados há uma semana pela Comissão Eleitoral Independente (CENI) que atribui o primeiro lugar a outro responsável da oposição, Felix Tshisekedi.

Os cinco juízes do Tribunal Constitucional Congolês ontem durante a audiência dos advogados de Martin Fayulu.
Os cinco juízes do Tribunal Constitucional Congolês ontem durante a audiência dos advogados de Martin Fayulu. TONY KARUMBA / AFP
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A tensão está ao rubro na República Democrática do Congo, os juízes do Tribunal Constitucional devendo até Sexta-feira pronunciar-se sobre o recurso apresentado pelo campo de Martin Fayulu, na oposição, que de acordo com os resultados divulgados pela CENI, teria recolhido pouco mais de 34% dos votos face a outro líder da oposição, Felix Tshisekedi, dado vencedor com um pouco mais de 38% dos votos.

Os advogados de Martin Fayulu defenderam ontem o princípio de uma recontagem dos votos, mas o candidato não esconde a sua desconfiança na imparcialidade dos juízes tidos como sendo afectos ao campo do presidente cessante Joseph Kabila que ele suspeita de ter passado um acordo secreto para a partilha do poder com o seu rival, Tshisekedi.

Fayulu reclama a vitória com 61% dos votos, apoiando-se sobre os resultados recolhidos pelos cerca de 40 mil observadores que a Conferência Episcopal Congolesa afirma ter desdobrado no terreno no dia das eleições. A dar crédito a esta hipótese, foram divulgados ontem em vários mídias internacionais, entre os quais o Financial Times, a TV5 assim como as antenas da RFI, documentos facultados por um lançador de alerta, alguns deles atribuídos à CENI, que demonstrariam que Fayulu teria chegado aos 59% dos votos quando já se tinham contado uns 86% dos sufrágios.

Desde há uma semana, várias entidades, entre as quais a SADC mas igualmente a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos têm apelado a uma recontagem dos votos. Mais comedido, o Conselho de Segurança da ONU, ontem, apenas saudou a forma "pacífica" como se desenrolaram as eleições e apelou todas as partes à "contenção".

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