Argelinos manifestam em frente à sede do governo
Dezenas de milhares de pessoas voltaram a sair hoje às ruas na capital da Argélia em protesto contra a candidatura a um quinto mandato do presidente Abdelaziz Bouteflika.
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A Argélia vive há quase uma semana um grande movimento de protestos contra um possível quinto mandato do presidente Abdelaziz Bouteflika, no poder desde 1999.
Os meios de comunicação públicos argelinos e as televisões privadas, que pertencem a empresários próximos ao poder, silenciaram o movimento de protesto por vários dias.
Jornalistas da rádio nacional argelina afirmaram que o silêncio foi imposto pelas chefias e denunciaram a ausência de neutralidade nas transmissões como também o "tratamento excepcional" reservado ao campo do Presidente Buteflika.
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou na quarta-feira que as autoridades argelinas fizeram "tudo para amordaçar os órgãos de comunicação" que queriam cobrir o movimento de protesto e denunciaram "prisões, assaltos, proibições de cobertura, confiscação de material, pressões feitas a jornalistas do serviço público e redução da velocidade da rede de internet".
Esta tarde, a polícia argelina disparou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação frente ao palácio do governo, onde se situa o gabinete do primeiro-ministro.
Para a jornalista argelina Soumia Aiouaz, que acompanha estas manifestações em Portugal, Bouteflik não está condições físicas para se manter no poder.
Jornalista argelina em Portugal, Soumia Aiouz
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