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Argélia

Empresário mais rico da Argélia sob detenção privisória

Na Argélia, o PCA do maior grupo privado, Cevital, Issad Rebrab, foi colocado sob detenção provisória suspeito de fuga ao fisco. Considerado o homem mais rico do país fundou a empresa que actua em 3 continentes nos sectores da siderurgia, contrução civil, electrónica, comércio e agroalimentar, empregando 18 mil pessoas. 

Issad Rebrab, PCA do grupo argelino Cevital, detido suspeito de fraude fiscal na Argélia
Issad Rebrab, PCA do grupo argelino Cevital, detido suspeito de fraude fiscal na Argélia FAROUK BATICHE / AFP
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A ofensiva judiciária lançada em Argélia contra patrões poderosos desde a queda do Presidente, Abdelaziz Bouteflika, fez mais uma vítima na pessoa de Issad Rebrab, PCA do principal grupo privado e primeira fortuna do país, detido provisoriamente, suspeito de fraude fiscal.

O ministério público emitiu uma ordem de detenção provisória contra Rebrab, 74 anos, PCA e fundador de Cevital, que dá trabalho a 18 mil empregados nos sectores da agroalimentar, comércio, electrónica, siderurgia e construção civil. 

Ontem, o milionário argelino, Issad Rebrab, negou ter sido preso e que apenas se apresentou à polícia no quadro de um inquérito sobre o bloqueio de equipamento industrial nas âlfandegas há cerca de um ano.

Issad Rebrab é suspeito de ter feito "declarações falsas sobre movimento de capitais no país e no estrangeiro, facturações excessivas de material importado e outras importações de segunda mão, apesar de vantagens bancárias, fiscais e alfandegárias concedidas para material de fabrico novo.

A revista Forbes, calcula a fortuna de Issad Rebrab em 3 mil e 800 milhões de dólares, a primeira fortuna da Argélia e sexta de África.

Issad Rebrab ficou mais rico durante o regime de Bouteflika

Se houve um crescimento das actividades e da fortuna  do empresário Issad Rebrab, durante o regime do Presidente Abdelaziz Boutleflika, as suas relações, com o clã presidencial, foram, no entanto, sempre tensas.

O ministro argelino da Indústria, de então, Abdeslam Bouchouareb, chegou a acusar Issad Rebrab de importar e facturar excessivamente material de segunda mão.

Em 2016, uma investigação jornalística dos "Panama Papers" chegou à conclusão que Rebrab detinha uma conta "offshore" desde o começo dos 1990, o que era proíbido pela lei argelina.

Aliás, Issad Rebrab, era igualmente proprietário do jornal El Khabab.

Com esta nova suspeição de corrupção de gente próxima do regime argelino, as manifestações de protesto nas cidades do país vão aumentar e os manifestantes já reagiram exigindo o desmantelamento de todo sistema "mafioso" que vem dirigindo o país em todas as esferas do poder.

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Empresário mais rico da Argélia sob detenção privisória

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