Sudão: Militares e civis assinam "declaração política"
Os generais no poder e o movimento de contestação civil no Sudão assinaram esta quarta-feira uma “declaração política” para a partilha de poder, após meses de violência marcados pela destituição do Presidente Omar el-Bechir.
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A “declaração política” assinada esta manhã prevê a partilha de poder entre a junta militar e a oposição sudanesa até às próximas eleições que terão lugar daqui a três anos.
Trata-se de um Conselho Soberano composto por cinco militares e seis civis, presidido de forma rotativa por um militar e um civil, que serão os responsáveis pela implementação da transição no país.
As forças militares vão presidir nos primeiros 21 meses de transição, e os civis administrarão nos 18 meses a seguir.
Em declarações à agência France-Presse, o diretor-adjunto do Conselho Militar no poder, Mohamed Hamdan Dagalo, referiu-se ao acordo como um “momento histórico” para o Sudão.
Ibrahim Al Amin, um dos líderes da contestação, confirmou a assinatura de uma “declaração política”. “Para o documento constitucional, vamos retomar as negociações na sexta-feira”, assegurou.
As negociações devem continuar nos próximos dias para a analisar outras questões, nomeadamente a “imunidade absoluta” que é reclamada pelos militares no poder e rejeitada pelo movimento de contestação.
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