RDC vive com o Ébola há já um ano
Há precisamente um ano que a República democrática do Congo decretava a epidemia da febre hemorrágica do Ébola. Esta décima epidemia do género no antigo Zaire já matou cerca de 1 800 pessoas nomeadamente no leste do país.
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O Ruanda reabriu a sua fronteira com a vizinha República democrática do Congo que tinha encerrado por algumas horas nesta quinta-feira, 1 de Agosto.
E isto após ter sido detectado um segundo caso mortal de Ébola em Goma, no leste da RDC, a escassos quilómetros da fronteira ruandesa.
O facto de a doença, até agora relativamente circunscrita, ter surgido num grande centro urbano, com pelo menos um milhão de habitantes, suscitou algum pânico em relação ao seu possível alastramento.
O Kivu Norte e o Ituri são as regiões do leste do antigo Congo belga a serem assoladas por esta febre hemorrágica de há um ano a esta parte.
A própria Arábia Saudita, onde se situa a cidade santa de Meca dos muçulmanos, fechou as portas aos peregrinos provenientes do ex Zaire para prevenir qualquer contaminação aquando da peregrinação religiosa agendada para 9 de Agosto.
A OMS, Organização mundial da saúde, acabou por decretar em meados de Julho que a epidemia de Ébola no Congo Kinshasa era uma emergência de saúde pública.
Não há nenhuma vacina contra a doença, a OMS preconiza medir-se a temperatura das pessoas sem adoptar indicações quanto ao encerramento de fronteiras.
Esta é a décima epidemia de Ébola que conhece a RDC.
João Antunes, responsável dos Médicos sem Fronteiras em Portugal faz-nos aqui o ponto da situação.
João Antunes, Médicos sem Fronteiras em Portugal
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