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Cuba/Direitos Humanos

Governo cubano promete libertar 52 presos políticos

O governo cubano promete libertar 52 prisioneiros políticos, cinco deles nas próximas horas e 47 num período de três ou quatro meses. O anúncio foi feito pela Igreja Católica cubana, depois de um encontro entre o presidente Raul Castro, o cardeal Jaime Ortega e o chefe da diplomacia espanhola, Miguel Angel Moratinos.

O chefe da diplomacia espanhola, Miguel Angel Moratinos (à esquerda), e o presidente cubano, Raul Castro.
O chefe da diplomacia espanhola, Miguel Angel Moratinos (à esquerda), e o presidente cubano, Raul Castro. Reuters
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Os cinco dissidentes que devem ser libertados nesta quinta-feira são espanhois. Eles foram presos pelo regime comunista dos irmãos Castro em 2003. O caso gerou uma crise entre Cuba e a União Europeia, provocando um congelamento das relações diplomáticas entre as duas partes.

O ministro espanhol das Relações Exteriores indicou aos dirigentes cubanos que a Espanha estaria disposta a acolher os outros opositores que serão libertados, com a condição de que eles tenham o direito de voltar a Cuba quando quiserem. A Espanha, que presidiu a União Europeia no primeiro semestre deste ano, fez da normalização das relações diplomáticas com Cuba uma de suas prioridades. Moratinos afirmou que a libertação dos 52 prisioneiros abre uma nova etapa que deverá resultar na liberação de todos os dissidentes. O chanceler fez um apelo aos colegas europeus para que aceitem a retomada da cooperação com o governo de Havana, condicionada desde 1996 ao respeito dos direitos humanos na ilha.

A Igreja Católica cubana também pediu ao opositor Guillermo Farinas que interrompa sua greve de fome, que já dura mais de quatro meses. O psicólogo, que atuava como jornalista na internet, reivindica a libertação de 25 dissidentes doentes. O estado de saúde de Farinas, hospitalizado na cidade de Santa Clara, no centro da ilha, é considerado gravíssimo. Nos últimos dias, médicos do governo cubano informaram que ele corre risco de vida.

Farinas, de 48 anos, começou seu protesto depois que um outro opositor, Orlando Zapata, morreu em consequência de uma greve de fome que durou dois meses e meio. Uma dissidente que se encontra ao lado de Farinas no hospital disse que ele vai refletir sobre a eventual suspensão da greve de fome após a libertação dos cinco prisioneiros espanhois.

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