Um ano depois, Obama promete recuperar costa atingida por maré negra

O presidente Barack Obama se comprometeu a fazer tudo o que for necessário para restaurar as costas do Golfo do México poluídas pelo acidente com a plataforma petrolífera Deepwater Horizon da companhia BP Oil. A afirmação do presidente americano foi feita no dia em que a catástrofe completa um ano.

Barco navega nas águas contaminadas na costa de Luisiana em maio de 2010. ©Reuters

A explosão da plataforma, no dia 20 de abril de 2010, causou onze mortos e fez vazar 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, no sul dos Estados Unidos, a cerca de 80 km das costas do estado da Luisiana. Mais de 1400 quilômetros de costas e de mangues foram atingidos e cerca de 6.000 pássaros morreram segundo o Conselho Americano de Recursos Naturais. Duas mil pessoas trabalham atualmente na limpeza dos primeiros mangues atingidos pela maré negra.

Apesar dos restos de petróleo serem quase invisíveis para os observadores leigos, especialistas dizem que a catástrofe ambiental no Golfo do México poderia perdurar por anos. Segundo a diretora da Agência Oficial pela Vigilância dos Oceanos e da Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), Jane Lubchenco, ainda é cedo para tirar conclusões sobre a saúde e o ecossistema da região. Algumas observações preocupam os cientistas, como o aumento anormal do número de pequenas baleias, golfinhos recém-nascidos e fetos encontrados mortos nas cosas do Golfo desde janeiro. O número é quatro vezes superior ao normal.

Os custos das indenizações e das operações de limpeza das costas da Luisiana já ultrapassaram os 40 bilhões de dólares e os custos finais são ainda incertos, pois dependem do preço das multas que as autoridades americanas poderiam infligir ao grupo BP. Em junho do ano passado, o presidente Barack Obama exigiu da empresa a criação de um fundo de 20 bilhões de dólares.

A BP foi autorizada, em abril desse ano a continuar a explorar petróleo na região do Golfo do México nos Estados Unidos.