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Livro/ Nazismo

Livro lançado nos EUA diz que Coco Chanel era espiã nazista

Uma nova biografia recém publicada nos Estados Unidos sobre a famosa estilista francesa Coco Chanel já provoca polêmica na França. O livro, do jornalista americano Hal Vaughan, afirma que a estilista foi espiã nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Estilista Coco Chanel, morta em 1971, assumiu namoro com oficial alemão, mas negou envolvimento com o nazismo.
Estilista Coco Chanel, morta em 1971, assumiu namoro com oficial alemão, mas negou envolvimento com o nazismo. DR
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Radicado na França, Vaughan diz que se baseou em arquivos franceses, alemães, ingleses e americanos para escrever a obra. Em “Dormindo com o Inimigo, a Guerra Secreta de Coco Chanel”, ele escreve que, em 1940, aos 57 anos, Chanel foi recrutada pelo Abwehr, o serviço informações do Estado-Maior alemão, e se transformou na agente F-7124.

Um ano depois, ela teria sido enviada à Espanha ao lado de outro agente, Louis de Vaufreland, encarregado de recrutar novos colaboradores. Nesta viagem, ela esperava obter em troca a liberação de um sobrinho que estava preso em um campo de concentração alemão.

A estilista teria então se apaixonado por um oficial nazista, o também agente Hans Gunther von Dincklage, o "Spatz", com quem ela manteve um longo relacionamento amoroso. Foi “Spatz” quem teria viabilizado que a costureira vivesse em um luxuoso quarto do hotel Ritz, em Paris, também freqüentado por autoridades nazistas como Hermann Goering e Joseph Goebbels.

Antes de sua morte, em 1971, Chanel assumiu o romance com o oficial alemão, mas sempre negou ter colaborado com o nazismo. Hoje, dia da publicação do livro nos Estados Unidos, o grupo Chanel declarou que, embora o papel da estilista na Segunda Guerra conserve “uma parte de mistério”, “não podemos permitir que digam que ela era antissemita”.

O grupo lembra que 57 biografias dela já foram escritas e admite que a Segunda Guerra “não era o melhor período para viver uma história de amor com um alemão, ainda que o barão von Dincklage fosse inglês por parte de mãe e eles tenham se conhecido antes da guerra”, explicou a Chanel.

O grupo também destaca que a estilista tinha diversos amigos judeus e que, se fosse antissemita, teria se oposto à compra da marca pela família Wertheimer, que é judia.
 

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