Equador diz estar aberto ao diálogo com Londres sobre caso Assange
O presidente equatoriano, Rafael Correa, declarou na última noite estar pronto para negociar com Grã-Bretanha e Suécia uma solução para o caso Julian Assange. O fundador do site Wikileaks, refugiado na embaixada do Equador em Londres, teve o seu pedido de asilo político concedido pelo governo equatoriano na última semana.
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"Estamos sempre abertos ao diálogo com os governos birtânico e sueco", afirmou o presidente Rafael Correa durante entrevista difundida pelo canal de televisão pública ECTV. Segundo ele, foi a posição intransigente de Londres e Estocolmo que provocou essa crise. Rafael Correa estima que os dois países nunca deram garantias suficientes a Assange de que ele não seria extraditado aos Estados Unidos, onde pode ser condenado inclusive à pena de morte por ter divulgado documentos secretos da diplomacia americana.
Rafael Correa aguarda um resposta da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o caso. A OEA vai se reunir em caráter de emergência para analisar o asilo político concedido a Julian Assange pelo Equador.
Uma funcionária do ministério da Justiça da Suécia disse em entrevista à imprensa alemã que seu país nunca extraditará Assange aos Estados Unidos se existir qualquer ameaça do australiano ser condenado à pena de morte. A vice-diretora de assuntos penais e cooperação internacional do ministério sueco, Cecilia Riddselius, afirmou ainda ao jornal Frankfurter Rundschau que até o momento a justiça americana não solicitou formalmente a extradição do fundador do Wikileaks.
Julian Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde o dia 19 de junho para escapar da extradição para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual por duas mulheres. O governo equatorinao concedeu asilo político ao fundador do Wikileaks na semana passada transformando o caso em uma verdadeira batalha diplomática.
Hackers atacam sites do governo britânico em defesa de Assange
O grupo de piratas Anonymous reivindicou hoje vários ataques a sites oficiais britânicos, em represália à gestão do caso Assange pelo governo. O slogan da operação era "Libertem Assange".
O Ministério da Justiça confirmou "interrupções" nos serviços prestados pelos sites, mas disse que a situação estava sob controle.
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