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EUA/Ucrânia

Rússia ameaça segurança mundial, diz Porochenko no Congresso americano

Em pronunciamento no Congresso americano, o presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, disse nesta quinta-feira (18) que a Rússia representa uma ameaça para a segurança mundial. "Se os soldados russos não forem contidos agora, eles vão atravessar a fronteira da Europa", disse o líder. Porochenko pediu aos Estados Unidos e à Europa que não deixem os ucranianos sozinhos diante da ameaça de Moscou.

Diante do Congresso americano, Petro Porochenko denunciou a anexação da Crimeia pela Rússia como uma das piores "traições" da história contemporânea.
Diante do Congresso americano, Petro Porochenko denunciou a anexação da Crimeia pela Rússia como uma das piores "traições" da história contemporânea.
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Em sua primeira visita como chefe de Estado aos Estados Unidos, o líder ucraniano pediu ao Congresso que conceda à Ucrânia um status especial de defesa e segurança enquanto país não-membro da Otan. Ele pediu maior apoio de outros governos a seu país e disse que precisava de equipamentos militares letais e não-letais para combater os separatistas-russos no leste da Ucrânia. Porochenko falou aos deputados americanos durante 45 minutos e, ao final, foi ovacionado pela plateia.

Soldados russos na fronteira

O governo ucraniano acusou hoje a Rússia de ter posicionado 4 mil soldados ao longo de sua "fronteira administrativa" com a Crimeia. A denúncia foi feita horas antes do encontro, em Washington, de Porochenko com o presidente americano, Barack Obama.

Essa demonstração de força na península ucraniana, anexada em março pela Rússia, acontece depois das declarações favoráveis de Moscou às propostas de Porochenko de tentar acabar com o conflito no leste da Ucrânia.

Segundo o porta-voz do exército ucraniano, Andrii Lyssenko, "quase todas as unidades russas estacionadas na parte norte da Crimeia ocupada, aproximadamente 4 mil soldados, estão posicionadas na fronteira administrativa com a Ucrânia, e com todos seus equipamentos e munição".

Esse deslocamento de soldados foi anunciado na terça-feira pelo ministro russo da Defesa, Serguei Choigou. Segundo ele, a necessidade de mobilizar as tropas na Crimeia leva em conta a "expansão do dispositivo militar (do sul da Rússia) após a integração da Crimeia".

O ministro também fez referência ao agravamento da crise (ucraniana) e ao aumento das forças estrangeiras perto da fronteira russa. Na segunda-feira, tiveram início exercícios militares reunindo 15 países, entre eles, os Estados Unidos.

A diplomacia ucraniana expressou "grande preocupação" e acusou Moscou de tentar "desestabilizar a situação em toda a região". Kiev teme a criação de uma área sob controle dos separatistas pró-russos que se estenderia da fronteira russo-ucraniana até a fronteira "administrativa" entre a Ucrânia e a Crimeia. Tal cenário representaria uma "ponte terrestre" entre a Rússia e a região da Crimeia.

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