Acesso ao principal conteúdo
Cuba/EUA

Francês que vai operar ferry entre EUA e Cuba quer inaugurar serviço durante visita do papa

Pela primeira vez em mais de 50 anos, os Estados Unidos emitiram licenças para autorizar o transporte de passageiros por “ferryboat” entre o território norte-americano e Cuba. Nesta terça-feira (5), a empresa Havana Ferry Partners, de Fort Lauderdale, comemorou a liberação do serviço nas redes sociais. “É um momento histórico, graças ao presidente Obama”, escreveu a companhia no Facebook. O empresário francês Daniel Berrebi, fundador de uma linha de ferrys na Flórida, também festejou o anúncio.

O tráfego marítimo entre Cuba e Estados Unidos volta a ser autorizado após 50 anos de ruptura.
O tráfego marítimo entre Cuba e Estados Unidos volta a ser autorizado após 50 anos de ruptura. Captura vídeo
Publicidade

Havia cinco anos que companhias de transporte marítimo instaladas na Flórida aguardavam por essa concessão. Separados por apenas 150 quilômetros, Estados Unidos e Cuba estiveram de costas um para o outro nas últimas cinco décadas. O embargo decretado pela Casa Branca na década de 60 continua em vigor, mas os dois países reataram as relações diplomáticas em dezembro passado e algumas medidas começam a ser flexibilizadas.

Mercado potencial superior a 1 milhão de passageiros

Com a experiência que já tinha no setor na França, Daniel Berrebi, da Barra's Ferry, se instalou na Flórida há 12 anos aguardando a abertura do mercado. Ontem, depois de obter sua autorização de navegação, ele disse em entrevista à RFI que planeja inaugurar sua linha em setembro, durante a visita do Papa Francisco aos Estados Unidos e à Cuba.

Berrebi ainda não tem ideia do número de passageiros que irá transportar nessa rota, mas acredita que sua clientela será superior ao 1 milhão de pessoas que viajam todo ano entre os dois países de avião. "O mercado de ferrys será bem maior, porque o preço da passagem será mais barato que a tarifa aérea e a travessia acessível a famílias de menor poder aquisitivo".

De acordo com Berrebi, milhares de cubanos têm parentes e amigos que fugiram do cerco à ilha e se radicaram nos Estados Unidos. "A ligação marítima vai permitir que famílias que ficaram em Havana e os exilados viagem em grupo, façam encontros esportivos e universitários", estima o francês.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.