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ANGOLA

"Paz, Democracia, Liberdade Já" para os activistas detidos

Familiares dos 14 activistas e 2 militares detidos desde 20 de Junho, indiciados de crime de rebelião, tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Presidente da República, reuniram-se hoje na Praça da Independência, apesar da proibição ditada pelo Governo Provincial de Luanda.

Manifestação poríbida para exigir liberdade imediata dos activistas detidos desde 20 de Junho
Manifestação poríbida para exigir liberdade imediata dos activistas detidos desde 20 de Junho www.facebook.com/centralangola7311
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Neste mesmo dia (28/08) em que se assinala o 73° aniversário do Presidente José Eduardo dos Santos, alguns familiares e activistas reuniram-se a partir das 15 horas na Praça da Independência, para exigir a libertação dos detidos desde 20 de Junho sob o lema "Paz, Democracia, Liberdade Já".

Como habitualmente e a pretexto do aniversário do Presidente, o MPLA organizou uma contra-manifestação no mesmo local a partir das 19 horas, tal como previsto na lei, que só autoriza desfiles e cortejos nos dias úteis a partir dessa hora.

Um dos detidos é o professor universitário, jornalista e investigador Domingos da Cruz, autor de "Ferramentas para destruir o ditador e evitar uma nova ditadura", uma adaptação do livro de 1993 do norte-americano Gene Sharp "Da ditadura à democracia - uma estrutura conceptual para a libertação", ferramentas para derrubar pacificamente uma ditadura.

Esperança Gonga, esposa de Domingos da Cruz descreve uma forte presença policial para tentar intimidar os familiares dos detidos e denuncia a provocação feita por cerca de 300 motoqueiros do MPLA que contornaram os familiares gritando "nós do MPLA temos poder, o MPLA nos permite isto...olha quem causa a desrodem e vão acusar o meu esposo de desordeiro, quando ele só quer que o país ande conforme a Constituição".

03:44

Esperança Gonga, espoda de Domingos da Cruz

 CASO MARCOS MAVUNGO

Também hoje (28/08) foi ouvido em Cabinda, o último declarante no caso do processo de José Marcos Mavungo, preso a 14 de Março à saída da missa e indiciado de crime rebelião e tentativa de golpe de Estado, por pretender organizar nesse mesmo dia uma manifestação, para denunciar as violações de direitos humanos e a má governação da governadora provincial Aldina da Lomba.

A leitura dos requisitos e da sentença está agendada para 16 de Setembro.

O Ministério Público pede 12 anos de prisão, enquanto a defesa pede absolvição imediata do arguido, dado que não há qualquer prova.

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