Angola: UNITA vai a Congresso

UNITA realiza entre 3 e 5 de Dezembro em Luanda o seu XII Congresso, durante o qual vai ser eleito o líder do principal partido da oposição em Angola. O presidente Isaías Samakuva concorre a um quarto mandato, juntamente com os generais Abílio Kamalata Numa e Paulo Lukamba "Gato".

Bandeira da UNITA

Paulo Lukamba "Gato", que assumiu de forma transitória a chefia da UNITA após a morte de Jonas Savimbi em Fevereiro de 2002, foi vencido por Isaías Samakuva no Congresso de 2003, percorreu 14 provícias do país em 10 dias e afirma ser o único candidato com um programa e medidas concretas a propor aos militantes que se reúnem em Luanda entre 3 e 5 de Dezembro.

Paulo "Gato" que propõe "um pacto de regime e não com o regime" com amplo envolvimento da sociedade civil afirma que a sua "candidatura não é um fim em si, apenas um meio para se atingir o poder político".

Em relação às eleições gerais agendadas para Agosto de 2017 Lukamba "Gato" refere que "é preciso de uma vez por todas, iniciarmos um trabalho sério de construção da alternativa, que se constrói todos os dias, tijolo sobre tijolo" pois "a democratização e o aprofundamento da democracia no país ocupam o centro das atenções, não podemos pensar em paz...em unidade nacional...nem em desenvolvimento sem democracia".

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Paulo Lukamba "Gato", dirigente da UNITA

De salientar que pela primeira vez na história de Angola, foi realizado (17/11) na TV Zimbo um debate em torno dos três candidatos à liderança da UNITA.

Isaías Samakuva, actual presidente da UNITA que concorre a um quarto mandato, afirmou à imprensa que se for eleito e o seu partido vencer as eleiçoes gerais em 2017, deixará a liderança da UNITA para ser o candidato de todos os angolanos.

Abílio Kamalata Numa "acusa" a direcção actual de ter desviado a UNITA do caminho do poder e pretende uma oposição mais pressionante face ao governo do MPLA.

Entretanto e devido a uma avaria técnica no sistema tecnológico do Serviço de Migração e Fronteiras (SME) alguns consulados de Angola, designadamente em Portugal, África do Sul e China estão desde quinta-feira (26/11) impossibilitados de emitir vistos.